Na semana em que se comemora o dia de Mundial de Zero Discriminação, não há como deixar de levantarmos a bandeira para os integrantes do PECPF, já que na definição das Nações Unidas se destaca a “urgente necessidade de ação para acabar com as desigualdades em torno de renda, sexo, idade, estado de saúde, ocupação, deficiência, orientação sexual, uso de drogas, identidade de gênero, raça, classe, etnia e religião”.
Ocorre que, por vezes, discutir a discriminação da “renda” dentro de um plano geral pode parecer hipocrisia, ainda mais quando se trata do servidorismo público no país e dada relevância dos outros temas no mundo. Porém, quando nos aprofundamos na discussão deste assunto, pode-se observar que ele esbarra em todos os conceitos elencados na definição de discriminação.
Discriminação é “toda ação ou omissão que dispense um tratamento diferenciado (inferiorizado) a uma pessoa ou grupo de pessoas, em razão da sua pertença a uma determinada raça, cor, sexo, nacionalidade, origem étnica, orientação sexual, identidade de gênero, ou outro fator”.
Em síntese, a discriminação nada mais é do que preterir uma situação ou se omitir diante dela em detrimento da outra, simplesmente por convicção pessoal, religiosa, idade, orientação sexual, gênero ou posição social.
A renda, por razões óbvias, está intrinsecamente ligada à relação profissional e a relação interpessoal, se tratando, portanto, de uma contraprestação resultante do trabalho prestado. Para tal, a discussão sobre a discriminação de renda não pode se furtar de debater sobre o devido reconhecimento pelo trabalho prestado.
Em termos práticos, a discriminação de renda nada mais é do que o não reconhecimento do trabalho pelo seu resultado.
Sobre o tema, vale de parafrasear o Ministério do Trabalho ao definir seu conceito de combate à discriminação no trabalho. Para aquele órgão a “discriminação é toda distinção, exclusão ou preferência fundada em determinados critérios, que tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade de oportunidade ou de tratamento em matéria de emprego ou profissão”.
Além disto, o MT conceitua que a “discriminação está relacionada a um tratamento diferenciado de uma pessoa em relação à outra, impondo-lhe uma situação de desvantagem, atingindo, notadamente, membros de um determinado grupo que já possui histórico de desvantagem”.
Ora, se diante de uma “histórica desvantagem de um grupo” caracteriza-se a discriminação, por que razão o SinpecPF deveria se silenciar quando uma categoria de servidores está prestes a completar 20 anos de desvalorização, sem definição de atribuições ou mesmo perspectiva de recomposição salarial? Por que deveria se calar quando se esta sendo aventado que a evolução na carreira é lenta, quando na realidade para os integrantes do PECPF é que, além de lenta, a perspectiva de evolução entre o inicio e o final da carreira é de meros 500 reais?
Diante disto, o SinpecPF se vê obrigado a levantar a bandeira neste dia Mundial de Zero Discriminação para trazer aos holofotes os servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal e que muito tem sofrido sem o devido reconhecimento e valorização.
A falta de perspectiva na carreira administrativa ao longo destes quase 20 anos sem atribuições definidas têm incentivando muitos servidores a deixarem a Polícia Federal em busca de melhores oportunidades em outros órgãos públicos e na iniciativa privada.
Sem ter como dispor das atividades desempenhadas pelos servidores administrativos, a Polícia Federal não raro se vê obrigada a desviar policiais do combate ao crime para executar tarefas de natureza administrativa. Esta situação gera um desconforto discriminatório, já que os policiais lotados em setores administrativos recebem praticamente quatro vezes mais que o vencimento básico do servidor administrativo de nível médio, se aposentam com 25 anos pelo risco da profissão, porém, executam lado a lado as mesmas atividades que o servidor do PECPF.
Talvez para o cidadão desavisado, os servidores do PECPF muitas vezes são confundidos com os servidores de outras carreiras apenas pela lotação no órgão. Porém, a realidade do servidor administrativo está muito aquém do seu devido reconhecimento ou mesmo da faixa remuneratória, quando comparada às outras categorias que compõe a Polícia Federal. Ele por muitas vezes não é nem mesmo reconhecido pelo próprio órgão, vide os quase 20 anos de luta para que seja reconhecido simplesmente suas atribuições com a respectiva remuneração.
E não só isso, o desconhecimento da realidade ou mesmo da existência do PECPF é provocado muitas vezes pelos canais de notícias que, em sua grande maioria, repassam informações da realidade sofrida pelos integrantes do PECPF como se fosse de todas as categorias, como por exemplo, as constantes notícias semanais de que as carreiras não tiveram reajustes nos últimos seis anos, mas quando na realidade o último reajuste de algumas categorias ocorreu em 2019, enquanto o PECPF teve último recomposição salarial em 2017.
Sobre este último ponto, vale de destacar que os servidores do PECPF desde a última recomposição salarial, ocorrido em janeiro de 2017, sofrem perdas inflacionárias de sua remuneração que se aproximam aos 40% ao longo deste período. Claro que se levarmos em consideração os reajustes dos serviços contratados, como por exemplo, dos planos de saúde que, com base na Variação de Custo de Pessoal Física estipulados pela ANS durante o mesmo período, ultrapassaram o patamar dos 50% de reajuste, a corrosão da remuneração dos servidores do PECPF é ainda maior.
Desde sua criação, 28 de maio de 2003, a categoria tem buscado sua valorização pelo desempenho de um conjunto atribuições extremamente complexas e/ou até mesmo únicas, bem como lida com o volume de informações confidenciais, o que a distingue de outras categorias do Poder Executivo. Além disto, os administrativos da Polícia Federal executam atividades de fiscalização e de controle na área de polícia administrativa (controle migratório, controle de entrada de produtos químicos estrangeiros, controle de atividades de segurança privada, etc.). Portanto, nada mais justo que a categoria receba uma remuneração condizente com a complexidade das atividades que realiza.
Logo, diante deste longo histórico de desvantagem em que o “patrão” deixa de reconhecer as devidas atribuições, aplica distinções por vestimentas, dispensa melhor condição e salário para outros cargos exercerem as mesmas funções, caracteriza-se, SIM, uma discriminação, situação em que os integrantes do PECPF sofrem por um longo período.
É então que a partir desta data que o SinpecPF lança a campanha “ZERO DISCRIMINAÇÃO, VALORIZAÇÃO SIM”, já que a falta de reconhecimento e desvalorização está preste a completar 20 anos.
A partir de hoje iniciaremos uma contagem regressiva até o dia 28 de Maio de 2023, data em que a entidade ESPERA poder “parabenizar” os colegas do PECPF pelo reconhecimento e valorização por parte do Governo Federal por sua contribuição ao longo dos últimos 20 anos. Esperamos que o Governo Federal possa “presentear” os integrantes do PECPF com o devido reconhecimento e reestruturação salarial condizente.
ZERO DISCRIMINAÇÃO E VALORIZAÇÃO SIM.
Poderiam ter acrescentado ao texto a questão que, TODOS os policiais, mesmo exercendo atividades administrativas, além de receberem remuneração, no mínimo, 4 vezes maior, ainda trabalham menos, pois possuem o direito à redução de 1 hora/dia para a prática desportiva.
SE esperarmos mais um pouco pela reestruturação e melhoria de salários não vai restar ninguém para usufruir. Estaremos todos do outro lado da vida , tendo em vista o número de colegas falecidos.
O sindicato não deixa de publicar sonhos, cade a tabela salarial? Isso é que interessa. A descriminação nunca vai acabar em lugar nenhum do mundo.
Nada vai mudar a cultura do ser humano.
O ser humano está sempre lutando para ser superior um dos outros, como diz o ditado, uma andorinha sozinha não faz verão.
A policia federal nunca vai mudar, nunca vai sai do que está, essa divisão dentro da policia, não deixa que a instituição chegue onde ela merece, a policia federal é uma instituição de renome, mais muitos dos seus componentes querem ser mais que a pro pia policia.
É delegado pro lado, perito pra outro, agente de policia federal pra outro, escrivão de policia federal pra outro, papiloscopista pra outro, Adm. pra outro, é tipo um cabo de guerra, ninguém chega a lugar nenhum.
Se todos lutassem em prol de uma policia unida pelo mesmo objetivos, aí sim nós tínhamos uma policia federal progressiva e atuante.
Mais enquanto existir essa divisão, um querendo ser mais que outro, não vamos a lugar nenhum.
Concordo com o colega na parte concernente à discriminação profissional. A PF jamais deixará um AADM ser destaque, seja na área profissional, institucional ou remuneratória. Eles usam de “cortinas com bleck out” para nos deixar ocultos e para que ninguém perceba que a PF possui um “elo fraco” fomentado e esmagado por ela mesma. O FBI mantém a fama e a competência estampada nas páginas mundiais da mídia por sua atuação não só em campo, mas por seus funcionários valorizados e mantidos no mesmo nível. Possui uma hierarquia interna, porém, o respeito e dignidade se estende a todos. Diferentemente da PF, que “adora uma cortina de fumaça”, para disfarçar a sua “vergonha e sua falta de pudores”, ao fingir uma seriedade inexistente e uma justiça capenga para com os seus semelhantes, sufocando uma categoria inteira somente para manter o seu EGO extremamente inflado como um balão que está prestes a incerdiar e cair por excesso de ar quente de sua própria caldeira. Virou um órgão político e sem qualquer relevância na atuação criminal, extrapolando e atropelando a Constituição Federal a mando de um sujeito fanfarrão, plageador e sem escrúpulos que usa o ente público para suas “vinganças e perseguições pessoais”. Em resumo, não há como uma categoria como a nossa ser valorizada pelo órgão, haja vista sua dinâmica e valores estarem totalmente desvirtuados e desviados.
Nas últimas férias enquanto que uns levaram a família para Europa desfrutar o outro lado do mundo, os administrativos ficaram em casa assistindo Silvio Santos preocupados com rombo no orçamento que o pedido da pizza causou. É ou não é? De volta ao trabalho, todos dividindo a mesma sala, a mesma rotina administrativa, mas com salários muito, mas muito diferentes. E quando chega o horário do almoço, uns vão para a churrascaria comer molho francês, os administrativos se dirigem à copa para desfrutar da marmita? É ou não é assim? Há décadas é essa discriminação. E quando chega o fim do expediente, uns se dirigem para o estacionamento para embarcar em carros novos, os outros se dirigem ao ponto de ônibus. É ou não é assim? No outro dia, uns chegam com roupas limpas e perfumadas, outros chegam todos esbugalhados com roupas velhas cheirando a suor. É ou não é assim? Discriminação está enraizado nesse órgão. Por isso que me decidi a abandonar de alma esse órgão. Votei a estudar. Sai do sindicato. Aliás, que sindicato é esse que permite que seus sindicalizados fiquem 10 anos sem correção salarial sequer pela inflação oficial (que é bem menor que a inflação da vida real)? Acho que todos deveriam fazer o mesmo. Ainda, quando entrei em 2004, a diferença salarial entre os administrativos nível intermediário e nível superior era de somente R$ 100,00. Com a greve de 2007 o pessoal nível superior elevou seus vencimentos. Com a nova tabela irão ganhar o dobro que os administrativos. Tá tudo errado. Estou dormindo 4 horas/noite estudando para vazar desse órgão. Quero ir para bem distante de órgãos policiais. Chega de aguentar olhares soberbos, de gente que se acha superior pois ocupa um cargo diferente da “mesma casa”. Nunca foi a mesma casa. Fantasia acreditar que somos “uma família”. Aliás, tem muitos, centenas “da outra carreira” estudando escondidos durante o expediente. Quem sabe para cargo de Delegado. Ou até mesmo para Judiciário, Tribunais……só tem mickey do outro lado enquanto que os patetas somos nós aguardando há 19 anos umas migalhas. Mickey com plano de saúde em dia. Pateta sem plano de saúde contanto com a sorte. Mickey comendo e bebendo da melhor comida. Patetas comendo pizza com receio de estourar o orçamento. Mickey fazendo planos para próximas férias no Caribe. Patetas passando férias no sofá assistindo Silvio SAntos. Mickey quando se aposenta vai curtir salário integral e com paridade. Administrativo quando se aposenta perde 50% do salário (que está há 10 anos de correção só para lembrar). E ainda pessoal acha que “somos uma família na mesma casa”. Desculpem o desabafo. Estou com raiva mesmo.
Vejo exatamente assim. Eu mesmo foi um que mudei minhas filhas de escola por que não tive condições de pagar a que elas estudavam e ano que vem, provavelmente, vão para escola pública. No mercado tive que substituir itens básicos de alimentação como arroz, açúcar, carne, macarrão por outros de menor preço e, consequentemente, de menor qualidade. Estamos ganhando menos do que policiais estaduais e do que guardas municipais de muitas cidades brasileiras. O pior é que as pessoas acham, que por “sermos” da Polícia Federal somos muito bem pagos. O caminho para quem quiser alguma dignidade é fazer o que o colega aconselhou: estudar e vazar desse órgão injusto.
Voce tocou em um ponto invisível. Muitos colegas devido às promessas não cumpridas e ao salário baixo sem correção sequer pela inflação oficial, muitos colegas adiaram os planos de terem filhos. E assim se passaram 20 anos. Isso é cruel demais. Desumano. Olhem à volta: quase a maioria dos administrativos não possuem filhos justamente pela precária remuneração. E os poucos que possuem filhos estão fazendo das tripas o coração para sustentar a família, sem plano de saúde, contando com a estrela da sorte. 10 anos sem reajuste salarial sequer pela inflação. Parabéns aos otários. Como explicar isso para a família sem no mínimo passar vergonha? Os filhos crescendo vendo o pai preparar marmita pois o salário não permite pequeno luxo que é almoçar no pé sujo na esquina do trabalho. Isso é luxo? Luxo é conseguir levar toda a familia para a Europa passar as férias. Os que dividem a sua sala conseguem fazer isso. E voce? Enquanto isso, os primos ricos (que dividem a mesma sala) levando filhos nas melhores escolas, melhores roupas, melhores férias. Essa raiva é o que me dá forças para continuar os estudos. Qualquer concurso é melhor que aqui, seja até na Prefeitura Municipal, onde ao menos possuem data-base no salário com correção anual pela inflação. Discriminação não é deixar de ganhar nos corredores um “bom-dia” do “doutô”. Discriminação são esses relatos acima. Discriminação cruel que mata os sonhos, que aperta, que sufoca. Que absurdo o colega abaixo não conseguir se aposentar pois o salário será drasticamente reduzido. Isso é crueldade. O profissional chega no topo da carreira, contribui baseado no salário do topo da carreira (que já é baixo), e quando se aposenta, ocorre a redução dos vencimentos. Que matemática é essa? A velhice dos policiais será em Miami. A velhice dos administrativos será onde mesmo? Já pensaram nisso? Escutei de um policial que os administrativos vão passar fome. FOME, gente. FOME. E ninguém está nem aí para esse abismo. Ou voces acham que o “doutô” que alguns colegas puxam o saco está se importando com isso?
concordo e compartilho com o colega esse desabafo da nossa triste realidade decorrente dessa divisão cruel interna que existe nesse órgão, estamos dentro juntos empenhados na mesma missão e trabalho, mas somos desmerecidos nas negociações salariais e de carreira, o que acabou depreciando nossa situação financeira e qualidade de vida da familia que e um direito sagrado.
COMPLETEI NO 03/03/2023 50 ANOS DE EFETIVO SERVIÇOS PRESTADOS À POLICIA FEDERAL, E NÃO POSSO ME APOSENTAR TENDO EM VISTA A REDUÇAO DRÁTICA QUE TEREI EM MEU SALÁRIO, VÁRIOS CONSIGNADOS E TRATAMENTOS MÉDICO.
É uma tristeza situação dessa acontecer na Polícia Federal.
Meu vizinho de rua dono de mercearia passou mal. Familiares levaram correndo na emergência médica PARTICULAR.
Teve uns problemas gravíssimos. De saúde. Emergência cirúrgica. Uti,….R$ 80 mil Em despesas médicas paga em casa.
Não tem 60 anos. Eve alta.. Está em casa, rotina normal. Roeado com familiares.
Penso em nós. Sem plano de saúde. Sem reserva financeira. Só a sorte mesmo. Me doiver anúncio de colegas falecidos com idade nem tão avançada assim. Me fpergunto: será que se estivessem bom salário ou um Plano de saúde…..estariam vivos????
Pá de cal mesmo.
Ridicularizados até por professor de concurseiros
“….estão lá acomodados há 10 anos e não passaram em outro concurso…. cargo de entrada…..”.
https://youtu.be/eRjrINFVfzA
se bem que ele não falou mal só do cargo, não… o ocupante está no mesmo balaio!!!!
O cara falou a mais pura verdade!!!
PAREM DE CHORADEIRA DE DÉCADAS… NÃO VAI SAIR NADA PARA OS ADMS…. OS DOUTOS VÃO PARA CARREIRA ACREDITEM JUIZES NO PODER EXECUTIVO E RESTO É O RESTO NÃO TEM NADA PARA ADMS.. NÃO SE ILUDAM… VIVAM E E APRENDAM A VIVER COM QUE TEM… O ORÇAMENTO JÁ ESTÁ ESTOURADO
e outra sequer representação vai ainda existir,,, seremos colocados na VALA COMUM DOS MINISTÉRIOS… AGENTE ADMINISTRATIVOS… PODEM COLOCAR EM QQER LUGAR E ÓRGÃO DO EXECUTIVO ONDE FALTA ELES MANDAM E DEU QUER QUER NÃO QUER PEDE EXONERAÇÃO, DUVIDAM?, . QUE FALOU QUE SOMOS ESPECIAIS? E Os SINDICATOs VÃO SER EXTINTOS E OLHE LÁ SE EXISTIR SOMENTE A CONDSERF OLHE LÁ… oro a deus para que meus informes estejam errados… enfim não me iludo mais
somos uma piada para esses caras, ningen nunca vai olhar para nos,e so no nosso so tem valor agente e delegado chama o dino querida cheguei