A jovem Suzane von Richthofen, 22 anos, condenada a 39 anos e seis meses pela morte dos pais, Marísia e Manfred von Richthofen, está acertando seu trabalho como fabricante de prendedores de roupas no Centro de Ressocialização de Rio Claro (SP), onde está detida. A cada três dias trabalhados, em uma jornada de cinco dias semanais com oito horas diárias, a ré terá um dia descontado de sua pena.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, além do benefício de redução de pena Suzane terá direito a salário de R$ 262,50 mensais. Desde sua prisão, a garota já trabalhou no ambulatório da mesma unidade prisional, agendando consultas, e participou de oficina de artesanato.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que a Penitenciária 2 de Tremembé (SP), onde estão presos os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos – também réus condenados pelos crimes -, oferece atividades aos detentos como em Rio Claro.
O promotor Nadir de Campos Júnior se disse surpreso com o fato de Suzane ter conseguido “tão rápido” emprego no sistema prisional e voltou a lembrar que a detenta “não chorou em momento algum” durante o julgamento.
Habeas corpus
A defesa de Suzane vai ingressar com habeas corpus no Tribunal de Justiça solicitando a absolvição dela na morte do pai, Manfred. De acordo um dos advogados da jovem, Mauro Otávio Nacif, a formulação de um qusito para os jurados foi confusa, e o júri queria inocentar a ré nesse crime.
“Os jurados reconheceram que Suzane era dominada pelo namorado, entenderam que essa dominação era insuportável, e no último quesito a gente entende que a resposta deles refletia a vontade de absolvição”, afirmou Nacif.
Primeiramente, o juiz perguntou aos jurados: “A ré Suzane von Richthofen foi submetida a violência moral, consistente em ser subjugada e dominada psiquicamente pelo namorado?”. A resposta de quatro dos sete membros do júri foi “sim”. Por quatro votos a três, os jurados também responderam “sim” à pergunta “Esta violência criou para a ré uma situação anormal e insuportável?”. No questionamento final (“Em face dessa situação anormal e insuportável, foi a ré levada, diante de tal violência, por não dispor de outra alternativa, a agir como agiu?”), porém, cinco dos sete jurados disseram “não” e condenaram Suzane.
Redação Terra
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