Buscando garantir que as vindouras trocas de comando — tanto no sindicato quanto na Polícia Federal — não interfiram no andamento das negociações dos pleitos da classe administrativa, o SinpecPF se reuniu nesta terça-feira (20) com o diretor de gestão de pessoal, Delano Cerqueira Bunn, para reiterar a pressa da categoria em ver demandas históricas devidamente respondidas.

O encontro ocorreu poucas horas após a confirmação de que o delegado Maurício Valeixo, atual superintendente regional do Paraná, assumirá a Direção-Geral da Polícia Federal no governo Bolsonaro. “Temos interesse de que nossas propostas avancem e vamos buscar, desde já, interlocução com o futuro DG para que isso ocorra”, garantiu o presidente do SinpecPF, Éder Fernando da Silva, com o endosso do presidente eleito do sindicato, João Luis Rodrigues Nunes. “Conhecemos Valeixo, sabemos de sua competência e temos certeza de que ele deseja ver nossos pleitos atendidos”, completaram os sindicalistas.

Entre as prioridades do sindicato, está a proposta de correção da amplitude salarial da categoria, encaminhada ao Ministério da Segurança Pública na semana passada. Devido a uma falha de comunicação, o processo acabou retornando à DGP, mas Delano garantiu que o problema seria solucionado ainda hoje. “Foi apenas uma falha no envio de anexos”, explicou.

Teletrabalho — Outro tema que mereceu destaque na reunião foi a implantação do teletrabalho na Polícia Federal. Delano revelou que a minuta da proposta está quase fechada, e que a DGP trabalha na revisão do texto. Ele também adiantou que a modalidade não abrangerá todos os setores e que, tal como ocorre em outros órgãos, os servidores que aderirem à prática deverão entregar resultados diferenciados de produtividade. “É uma contrapartida justa em relação ao benefício proporcionado”, avalia o DGP.

Para o sindicato, é fundamental que o teletrabalho se ancore em critérios objetivos, tanto para as avaliações de produtividade quanto para as vedações à participação no regime, de modo que os servidores não fiquem reféns de interpretações subjetivas das chefias. “Em um tema como esse, é natural que, haja espaço para decisões discricionárias das chefias. Entretanto, queremos que elas ocorram de acordo com regras claras, possibilitando que os servidores possam contra argumentar com base nessas regras”, esclareceu Éder.