A semana foi de ritmo intenso para os diretores do SinpecPF em Brasília-DF. Tudo para assegurar a apresentação de uma emenda à PEC 06/2019 — que trata da Reforma da Previdência. O objetivo do sindicato com a proposta é garantir condições diferenciadas de aposentadoria para os servidores administrativos, conforme ocorre com as categorias policiais.
Cinco parlamentares se comprometeram com a causa e trabalharam junto ao sindicato na produção do texto da emenda: Ubiratan Sanderson (PSL/RS); Aloísio Mendes (PODE/MA); Felício Laterça (PSL/RJ); Delegado Marcelo Freitas (PSL/MG); e Delegado Pablo (PSL/AM). Todos assinam como proponentes da emenda.
Agora o sindicato trabalha para angariar novos apoios, tendo em vista a exigência constitucional de que a emenda seja subscrita por pelo menos 1/3 dos deputados federais (171 deputados). O prazo para obtenção das assinaturas é de dez sessões, e começou a ser contado com a instalação da Comissão Especial que analisa a PEC 06/2019, devendo terminar no final da próxima semana.
“Não é uma tarefa fácil”, reconhece o presidente do SinpecPF, João Luis Rodrigues Nunes. “Contudo, essa é a luta que temos para travar no momento e não vamos fugir”, garante, conclamando os colegas que quiserem ajudar a entrar em contato com os parlamentares pedindo apoio à emenda proposta pelo sindicato.
Razão do pedido — O SinpecPF esclarece que o objetivo da emenda é “indenizar” os servidores administrativos pelos anos de riscos e prejuízos à saúde decorrentes da atuação em órgãos de segurança pública. “Sofremos todos os ônus por atuarmos em uma instituição policial. Pelo simples fato de trabalharmos em um órgão como tal, ficamos expostos à criminalidade e comprometemos nossa saúde. É justo que tenhamos um tratamento minimamente diferenciado em relação a servidores que não se expõem aos mesmos problemas”, avalia João Luis.
Ao mesmo tempo que admiro a garra de vocês do SINPEC, aumenta o desprezo que sinto pelos dirigentes deste órgão! Esse trabalho de nos garantir o mesmo tratamento diferenciado deveria partir da direção geral! Parece um bando ordenhadores, querendo cada um encher o seu balde. Triste, deprimente e desprezível.
Dias atrás um policial me mostrou o contracheque dele. Entre empréstimos consignados e pensão alimentícia desconto de R$ 7500,00. Entre desconto para previdência e imposto de renda R$ 5600,00. E diante de tantos descontos, ainda recebe líquido R$ 9500,00. Um bom salário para….trabalhar como “policial administrativo”, em pleno desvio de função, nas fuças da chefia, que finge não saber. São milhares deles Brasil afora. É meus amigos,….enquanto nós, os verdadeiros administrativos estamos sem aumento há vários anos….antes mesmo da Copa do Mundo 2014. Faz tempo. Pena que recebemos 20% para fazer o mesmo serviço que eles.
Essa atuação do SINPECPF junto aos parlamentares é tão sem sentido que dá vontade de chorar.
Como que alguém pode pensar em conseguir resultado junto ao Congresso, SEM AVAL DA DIREÇÃO GERAL, MUITO MENOS UM PEDIDO FORMAL ?
Quem tiver condições de fazer um bico, FAÇA ! Se ainda tiver tempo e cabeça para tentar outro concurso, ESTUDE !
ESTAMOS PERDIDOS, COM ESSES CORDEIRINHOS NOS REPRESENTANDO.
Quem disse que não temos aval da Direção-Geral para esse pedido? Inclusive, vale lembrar que já noticiamos no site que a Direção-Geral apoia nosso pedido. Aproveitando a deixa, informamos que já coletamos cerca de 100 apoios.
Ainda sobre o tema, vale repetir aqui o que o presidente João Luis postou no grupo oficial do sindicato no WhatsApp:
“O sindicato sabe que essa luta é complicada e que a Aposentadoria Especial não é a prioridade da categoria. Porém, este é o jogo que está sendo jogado no momento. Nossas prioridades continuam sendo a correção da amplitude e a reestruturação, mas a Administração já confirmou que só poderemos ‘entrar em campo’ após a questão da Previdência ter sido resolvida. Por isso estamos trabalhando nessa questão agora.
Um ponto bastante positivo do nosso trabalho é que os contatos parlamentares que estamos fechando poderão ser utilizados em questões futuras. Mesmo caso nossa emenda não seja aprovada, não poderíamos deixar de participar do debate.”