No momento em que a opinião pública começa a questionar a terceirização no âmbito da PF, o preocupante quadro existente em São Paulo passa a merecer atenção especial. Hoje, o estado é o que mais sofre com a terceirização irregular, com contratados atuando nas mais diversas áreas. Atento ao problema, o SINPECPF – em parceria com o Sindicato dos Policiais Federais no estado (Sindpolf/SP) –, promove encontro com os servidores para debater o problema. O evento acontece na próxima terça-feira (26), às 13h00.
Também marcam presença no encontro o superintendente do estado, Roberto Troncon Filho, e a deputada federal Keiko Ota (PSB/SP), integrante da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, além dos presidentes do SINPECPF e do Sindpolf/SP.
Segundo relatório sobre despesa com terceirizados produzido pela Polícia Federal, 763 funcionários terceirizados atuaram em São Paulo ao longo de 2010, número que corresponde a 16% do total no país. A dimensão desse absurdo fica mais evidente quando comparamos o número de terceirizados ao de servidores administrativos no estado: hoje, São Paulo conta com apenas 183 servidores do PECPF na ativa.
Essa enorme discrepância faz com que parte dos colegas paulistas coloque a realização de novo concurso para o PECPF no topo das prioridades da categoria, conforme revela o representante estadual paulista, Wesley Nóbrega D’Agostini. Segundo ele, ninguém irá abrir mão da reestruturação da carreira ou de reajuste salarial pelo concurso, mas todos entendem que a terceirização chegou a um nível insustentável, que precisa ser revertido o mais rapidamente possível.
Desta forma, a participação de todos é muito importante para encontrarmos alternativas que coloquem fim à terceirização irregular, não só em São Paulo, mas em todo o país. Precisamos mostrar ao Superintendente paulista, Roberto Troncon Filho, que a situação não pode permanecer como está. Com o apoio efetivo dele em nossa demanda, teremos mais chances de alcançar a valorização de que necessitamos, permitindo assim que a PF deixe de procurar mão de obra fora de seu quadro de servidores.
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