O SINPECPF voltou ao Ministério do Planejamento na tarde de ontem (21), para retomar as negociações relativas à reestruturação da carreira, em reunião que também contou com a presença da Fenapef. O foco do encontro foi a construção de diretrizes para nortear as negociações que administrativos e policiais farão daqui para frente: ou seja, quais são as prioridades das negociações e como elas deverão ocorrer.
A primeira colocação em debate foi a manutenção de respeito mútuo na mesa de negociações. Na reunião do dia 30 de agosto – na qual foi apresentada a proposta salarial para o PECPF – o Planejamento havia se queixado de episódio ocorrido na reunião do dia 17 de agosto, quando a presidente Leilane Ribeiro de Oliveira colocou nariz de palhaço em protesto contra o descaso do governo frente às demandas dos servidores administrativos.
Leilane se desculpou pelo gesto, ressaltando que ela não tinha como objetivo atingir pessoalmente a equipe do Planejamento, mas sim externar a insatisfação da categoria com as negociações. “Não me arrependo do que fiz, mas peço desculpas se fui mal interpretada”. Por outro lado, os sindicalistas também reclamaram da postura de alguns servidores do MPOG, que tratam com ironia as demandas apresentadas pelas categorias da PF.
De volta aos trabalhos, SINPECPF e MPOG definiram que, entre os temas que serão debatidos durante as negociações com o PECPF, devem estar a reestruturação dos cargos, a avaliação do modelo de progressão de classes e padrões, a amplitude da carreira e as gratificações que a categoria deve fazer jus.
A reunião – que começou com duas horas de atraso – teve então de ser interrompida, pois a diretora de relações de trabalho tinha compromisso agendado em outra cidade. Os trabalhos serão retomados na primeira semana de outubro, quando também serão definidas as datas das primeiras oficinas sobre as atribuições dos cargos.
GAEG – O Projeto de Lei nº 2.203/2011 prevê a extensão da Gratificação Temporária de Atividade em Escola de Governo (GAEG) para os servidores administrativos em efetivo exercício na Academia Nacional de Polícia (ANP), com efeitos a partir de 1º de julho de 2012. Entretanto, o texto do projeto não deixa claro se servidores lotados em unidades afetas à ANP, como os telecentros e o CIAPA, serão abrangidos pela norma.
Marcela Tapajós se comprometeu a debater a questão com o SINPECPF na próxima reunião. “Precisamos entender como é o funcionamento dos telecentros e das demais unidades para avaliar se eles já estão contemplados ou se será necessária propor emenda no texto da Lei”, explicou.
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