A PF acreana apreendeu, na última quarta-feira (19), 70 kg de maconha escondidos em meio a carregamento de madeira transportado por caminhão que vinha de Cuiabá (MT) rumo a Rio Branco. Após a apreensão, em uma reviravolta tragicômica, o veículo acabou capotando pouco antes de chegar ao posto de fiscalização da PF em Tucandeira (AC), na BR 364. O SINPECPF apurou que, no momento do acidente, o veículo era conduzido por um terceirizado.
A notícia chama ainda mais atenção porque, atualmente, a Superintendência Regional do estado do Acre não possui contrato para prestação de serviço terceirizado de motorista. Desta forma, além de atuar desviado de função, em atividade tipicamente policial, o terceirizado em questão atuava fora da área de competência estabelecida em contrato.
O triste episódio é mais uma amostra dos riscos advindos do desenfreado processo de terceirização hoje em curso na PF. Em nome de uma suposta economia de recursos – facilmente contestável quando se analisa os valores altíssimos empregados com mão-de-obra contratada – o órgão tem se sujeitado a colocar profissionais despreparados em atividades complexas que, de acordo com a lei, só poderiam ser desempenhadas por servidores de carreira.
A fim de proteger os interesses da categoria e no combate incansável à terceirização irregular que tanto aflige a PF, o sindicato já encaminhou denúncia para a Direção-Geral do órgão requerendo que o fato seja devidamente apurado e que sejam tomadas as medidas cabíveis. A mesma denúncia será agora encaminhada para o Ministério Público para que também ele investigue os acontecimentos.
Foto: Clériston Amorim/Agazeta.net
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