O SINPECPF se reuniu hoje (13) com a Direção-Geral da PF e com os 27 superintendentes regionais do órgão para debater os pleitos de valorização da categoria administrativa. O destaque, é claro, ficou a cargo da proposta de reestruturação da carreira, em análise no Ministério do Planejamento. O sindicato usou o encontro para demonstrar que a reestruturação é a solução definitiva para por fim à terceirização irregular e ao desvio de função de policiais, práticas que tanto prejudicam a instituição.
Por meio de explanação objetiva, o SINPECPF sustentou que a reestruturação do PECPF auxiliará no aperfeiçoamento gerencial e institucional da PF. A intenção é valorizar o servidor administrativo para que ele se fixe no órgão em vez de usá-lo como “trampolim” para outra carreira. O combate ao êxodo de administrativos tornaria a atividade meio mais eficiente e fortaleceria também a atividade fim, que passaria a contar novamente com os policiais hoje desviados de função.
O sindicato também chamou a atenção para demandas mais pontuais da categoria e que podem ser bem trabalhadas pelos superintendentes. Foi solicitado mais rigor nas investigações de denúncias de assédio moral, queixa recorrente da categoria. A viabilização de cursos de capacitação que realmente agreguem valor profissional para os servidores também entrou na pauta de solicitações. “Já que a administração quer condicionar a avaliação individual à realização de cursos, nada mais justo que ela procure oferecer cursos de qualidade para os servidores”, pontuou a presidente Leilane Ribeiro de Oliveira.
Houve alerta sobre a demora de alguns estados em regulamentar o exercício da atividade física para os administrativos. O sindicato lembrou que a questão foi pacificada pela Direção-Geral em 2010, com autorização expressa para que a categoria reserve uma hora de seu expediente diário para a prática desportiva. O sindicato defendeu a prática como fator motivacional que melhora a produtividade do servidor.
Outro ponto discutido – praticamente análogo à atividade física –, foi a permissão para que os servidores façam horário corrido de sete horas. O sindicato apontou que não há indícios de queda de produtividade nos estados que adotaram a medida. “Muito pelo contrário”, frisou a presidente.
A montagem de uma escala para viagens a serviço – reivindicação usual nos encontros estaduais – também foi sugerida pelo sindicato para evitar criação de privilégios entre os servidores.
Outro ponto atacado foram os cortes de adicionais de periculosidade nas superintendências, mesmo quando não há mudanças estruturais nas unidades. Para o sindicato, é necessário cuidado especial neste tema, pois além da questão financeira, o tema envolve a segurança do servidor. “Se há risco, o servidor precisa estar ciente e ser ressarcido por isso”.
Avaliação dos superintendentes – A maioria das colocações do sindicato foi bem recebida pelos superintendentes e todos se disseram favoráveis à reestruturação da carreira administrativa. Nenhum se disse a favor do desvio de função, mas alguns justificaram a prática em razão do baixo efetivo administrativo existente hoje.
Diante do argumento, o sindicato solicitou ainda mais empenho da Direção-Geral na reestruturação da carreira, de modo a viabilizar novo concurso para a categoria.
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