Uma categoria motivada, pronta e disposta a cobrar aquilo que lhe é direito. Para a presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro de Oliveira, essa é a postura que os servidores do Plano Especial de Cargos do Departamento de Polícia Federal devem adotar durante esta etapa decisiva de negociações para a reestruturação da categoria. A declaração foi dada durante reunião com os servidores lotados no Edifício Sede da PF, nesta segunda-feira (5), em Brasília. Após o recado, os presentes se comprometeram a abraçar a causa, cientes de que a categoria precisa agir para garantir que a reestruturação aconteça dentro do prazo previsto.

No encontro, Leilane lembrou que a demanda vem sendo analisada a portas fechadas pelo Ministério do Planejamento desde o dia 01 de março. “A impressão que isso tudo passa é de que estão tentando ganhar tempo, mas por quê?”, indaga a presidente, enfatizando que a demanda é abertamente defendida pela direção do DPF e pelo ministro da justiça. “Houve uma solenidade formal para marcar o encaminhamento do projeto de reestruturação. Após um comprometimento desses, de modo algum podemos aceitar que o projeto fique esquecido em algum ponto do Planejamento”.

Ainda sobre o tema, Leilane afirmou que tem incessantemente tentado agendar uma reunião com a equipe do Departamento de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, atuais responsáveis pela análise do projeto de lei que prevê a reestruturação. “Ligo todos os dias em busca disso”, confirma. “Contudo, embora o Planejamento ainda não tenha aberto as portas para nós, sei que a direção do DPF estará lá nesta semana para tratar de demandas diversas”, revelou a presidente. Entre os temas em pauta, está o projeto de reestruturação. “Por isso, este momento é vital para a categoria”, enfatizou. “Precisamos cobrar que a direção do DPF trate nossa demanda como prioridade. Conto com a presença maciça da categoria na Assembleia da próxima quinta-feira (8) para isso!”, completou.

Para a diretora financeira do sindicato, Maria Leuda Monteiro da Silva, comparecer a Assembleia e lutar pela reestruturação é um dos compromissos que a categoria precisa assumir se quiser ser devidamente valorizada. “Se quisermos reconhecimento, devemos antes nos auto-afirmar”, declarou a diretora. Na opinião dela, problemas como as terceirizações irregulares e os desvios de função enfrentados pela PF só cessarão quando a categoria assumir a responsabilidade pelo seu destino. “Somos nós quem devemos lutar pela nossa valorização. Se nós não mostrarmos interesse em progredir, nunca seremos devidamente valorizados".

Plano de saúde

Outra questão bastante debatida no encontro foi a assistência à saúde privada do servidor da Polícia Federal. Os presentes quiseram saber detalhes sobre a reunião com o diretor de gestão de pessoal, Joaquim Mesquita, na qual foram debatidos meios de estender o benefício àqueles que optem por não contratar os serviços da atual prestadora.

A presidente do SINPECPF explicou que a Polícia Federal pretende repassar o valor do auxílio diretamente ao servidor e que as entidades de classe do departamento estudam uma parceria que permita contratar uma prestadora que atenda às necessidades de todos, sob valores mais atrativos. “Ainda não chegamos a um consenso sobre o tema”, revela Leilane. Segundo a presidente, o mais importante agora é garantir que nenhum servidor seja prejudicado caso deseje trocar de plano. “Para mim, saúde é assunto sério. Devemos garantir que ninguém tenha de interromper seu tratamento em virtude das mudanças que o DPF pretende implantar”, opinou ela, deixando claro que em breve irá se reunir com os demais representantes classistas para decidir uma estratégia conjunta.