O Ministério do Planejamento publicou nesta quarta-feira (22) portaria autorizando a realização de concurso público para preenchimento de 566 vagas para o Plano Especial de Cargos da PF (PECPF). A autorização atende solicitação antiga da PF, que desde 2010 pleiteia certame para preencher os cargos administrativos vagos. Hoje, a categoria conta com apenas 2.516 servidores ativos, quando o ideal, segundo projeção da própria PF, é que houvesse 7 mil profissionais no PECPF.
Embora o quantitativo oferecido esteja longe do ideal, a autorização do concurso deve ser vista com bons olhos. Além de fortalecer a base da categoria, a autorização confirma que a PF não pode dispor de servidores administrativos em suas atividades. “Trata-se de reconhecimento formal da importância do PECPF”, avalia a presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro de Oliveira.
O novo concurso não altera em nada as negociações que o SINPECPF atualmente trava com diferentes órgãos em busca da valorização profissional dos servidores administrativos. A reestruturação da carreira segue sendo prioridade máxima para o sindicato, pois somente por meio dela a PF conseguirá fixar o efetivo administrativo, evitando que os profissionais do PECPF deixem o órgão em busca de melhores oportunidades no serviço público ou na iniciativa privada.
Também segue inalterado o pleito de criação de novas 3 mil vagas para a categoria, pois somente com substancial aumento do efetivo administrativo a PF terá condições de combater as práticas de terceirização irregular de atividades administrativas e de desvio de função de policiais federais para postos do PECPF, que tantos problemas causam a instituição.
Ainda não há confirmação de onde os aprovados serão lotados. O SINPECPF já entrou em contato com a Direção-Geral da PF para verificar a questão, mas ainda não obteve retorno. O sindicato defende que seja contemplado o maior número possível de unidades, visto que a carência de profissionais administrativos é enorme em todo o país.
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