Em reunião com o diretor de Gestão de Pessoal da Polícia Federal, Joaquim Mesquita, realizada na última quarta-feira (24), o Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SINPECPF) solicitou informações sobre o remanejamento de servidores que vem sendo realizado pela corporação no âmbito administrativo, tema que tem suscitado inúmeras dúvidas entre os servidores do PECPF.

Joaquim Mesquita revelou que o plano do Departamento de Gestão de Pessoal (DGP) é remanejar até 25% dos quadros da polícia federal, em todas as áreas. Segundo o diretor, a medida possui cunho motivacional, objetivando lotar os servidores nas áreas onde terão melhor rendimento para o órgão. “Nossa intenção não é punir ninguém. Mas é do interesse da administração pública promover a rotatividade de servidores, como forma de evitar acomodação dentro da PF.” A presidente do SINPECPF, Hélia Cassemiro, aproveitou a oportunidade para pedir a divulgação de critérios objetivos para o processo. “Os critérios precisam ser claros e ter ampla divulgação, para que os servidores possam entender os motivos da Administração”, ressaltou.

O diretor ainda se comprometeu a colocar as reivindicações feitas pelos servidores do PECPF na pauta de discussões com o Ministério do Planejamento (MPOG) sobre a reestruturação dos quadros da Polícia Federal. “A valorização do servidor administrativo da Polícia Federal está entre as prioridades do DGP”, garantiu. Entre os pleitos abraçados pelo diretor, estão a regulamentação da GDATPF, o aproveitamento dos servidores anistiados e a implantação das Funções Comissionadas Técnicas (FCTs).

Joaquim afirmou estar acompanhando de perto as negociações da nova Lei Orgânica da PF, atualmente em análise no Planejamento. Para o diretor, a reestruturação dos cargos administrativos – que passarão a ser denominados técnicos e analistas administrativos – já é ponto pacífico dentro do MPOG. “A discussão agora está nos valores dos vencimentos”, revelou. Ele acredita que o projeto esteja pronto para a votação no Congresso Nacional já no segundo semestre. “A reestruturação que pretendemos implantar na PF depende da aprovação da Lei Orgânica. Não há como fazermos novo concurso antes disso”, garantiu.