O SINPECPF conversou nesta quinta-feira (23) com o chefe do Simed, André Ricardo Pessoa Sousa, para tentar esclarecer quais mudanças a implantação do SIASS (Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor) trará para a rotina de trabalho dos servidores da área de saúde da Polícia Federal. Logo no início da reunião, André admitiu que nem todos os questionamentos poderiam ser respondidos, pois o governo ainda não terminou de regulamentar a questão. “O modelo do SIASS continua sendo desenvolvido. O que já temos são algumas definições sobre como cada unidade deve proceder”, explica.
O modelo do SIASS foi desenvolvido pelo Ministério do Planejamento e tem como objetivo coordenar e integrar ações e programas na área de saúde do servidor. Na prática, o que se pretende é otimizar o atendimento por meio da atuação conjunta de profissionais lotados em diferentes órgãos em uma mesma região. Assim, os profissionais de saúde da PF passariam a atender servidores de outros órgãos que não contam com esse tipo de serviço em determinada região. “Caso a falta de profissionais aconteça em uma unidade da Polícia Federal, os nossos servidores também passarão a ser atendidos por especialistas de outros órgãos”, completa André.
Para facilitar o processo, o governo permitiu que cada estado estipule regras próprias sobre o funcionamento do SIASS. As decisões são tomadas em conjunto pelos servidores de saúde dos órgãos envolvidos e a flexibilidade das normas permite que os servidores decidam concentrar todo o atendimento em determinada unidade ou manter os postos de atendimento próprios. “Cada estado escolherá o modelo mais adequado para sua realidade”, ressalta o chefe do Simed. Em alguns casos, os servidores da Polícia Federal poderão passar a realizar seus atendimentos fora do órgão, mas isso não significa que eles deixarão de pertencer ao PECPF. “Os vínculos serão mantidos, a mudança não implica mudança de órgão. Todos continuaram tendo sua remuneração paga pelo próprio DPF, de acordo com as tabelas do órgão”.
Vale ressaltar que, assim como existe possibilidade de que os profissionais de saúde da PF passem a atender fora de sua unidade em alguns estados, também é possível que os demais servidores sejam atendidos fora do local de trabalho.
É válido esclarecer também que a criação do SIASS não tem relação com a decisão da PF de colocar o cargo de auxiliar de enfermagem em extinção. “Tais processos não possuem nenhuma ligação”, reitera André. Segundo o chefe do Simed, o Planejamento afirma que irá auxiliar os órgãos que ingressarem no sistema, garantindo recursos materiais e humanos para que o SIASS funcione adequadamente. “Apesar disso, não é possível prever se o programa realmente pode influir no número de vagas em um próximo concurso”, avalia. “Em breve um novo governo irá assumir, o que pode trazer mudanças ao modelo do SIASS”, completa.
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