Centenas de servidores públicos federais se uniram hoje (25) em Brasília para lançar a Campanha Salarial Unificada 2015. O ato, que reuniu profissionais de diversas instituições, aconteceu em frente à sede do Ministério do Planejamento e foi marcado por palavras de protesto. Segundo os servidores, o principal motivo para o descontentamento é a política de arrocho imposta pelo governo Dilma ao funcionalismo.
O descontentamento estava estampado nas diversas faixas e bandeiras vistas na manifestação. Ecoava também em canções repletas de queixas sobre a postura do governo atual, que se nega a negociar as principais reivindicações do funcionalismo. “Você pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão”, cantava parte dos presentes, em clara alusão ao Partido dos Trabalhadores.
Apesar de toda a mobilização dos servidores, o Ministério do Planejamento se manteve inflexível e decidiu não receber os representantes sindicais. Como justificativa, alegaram já terem agendado reunião com o ministro Nelson Barbosa para o dia 20 de março.
A decisão desagradou ainda mais os representantes do Fórum de Entidades do Serviço Público, que queriam conversar com algum representante do Planejamento para entregar formalmente a pauta de reivindicações e para propor a antecipação da reunião com o ministro. “Não queremos esperar até o dia 20 para começar as negociações”, argumentou Paulo Barela, da CSP-Conlutas.
A presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro, acompanhou o protesto. Em contato com a imprensa, ela enfatizou que a estratégia do governo segue a mesma: protelar. “Sempre que chegamos a algum ponto decisivo, as negociações param”, explicou ela. “Daí, somos obrigados a vir aqui protestar pela retomada das negociações, que muitas vezes recomeçam do zero. É absurdo”, protestou, avaliando que, caso a situação continue assim, o país poderá enfrentar uma greve geral parecida com aquela vista em 2012. “Estamos vivendo uma repetição daquele cenário”, concluiu.
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