O clima entre os grevistas da Polícia Federal deve esquentar no decorrer da semana, às vésperas de mais uma rodada de negociações com o governo. É que na terça-feira (21), os servidores administrativos do órgão prometem protestos em todo o país. Entre as ações definidas, está a queima dos termos de acordo firmados com o governo, que será feita amanhã, às 16h00, em frente ao Palácio do Planalto.
Os documentos assinados entre o sindicato da categoria (SINPECPF) e o governo estipulavam prazos para a reestruturação da carreira administrativa da PF. Contudo, esses prazos não foram cumpridos pelo governo. "Na verdade, quem queimou estes documentos primeiro foi a União, que não honra a parte dela no contrato", argumenta a presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro de Oliveira, justificando o ato.
Desperdício de dinheiro – O sindicato sustenta que, além dos termos de acordo, o governo também está queimando dinheiro público ao não reestruturar a carreira administrativa da PF. O raciocínio é simples: um servidor administrativo recebe hoje cerca de quatro vezes menos que um policial. Devido ao baixo salário, ele acaba deixando a PF em busca de melhores condições de trabalho e a PF é obrigada a colocar policiais federais em seu lugar. “Em tempos de crise, essa é uma conta que não fecha”, argumenta Leilane.
O SINPECPF sustenta que, apesar da greve que já dura uma semana, a categoria mantém o compromisso com a população. "Juramos servir o povo e a União, mas a partir do momento em que a União fica contra a população, sucateando o serviço público, temos de escolher um lado nesse dilema", completa Leilane.
Pleitos – Os servidores administrativos da PF pleiteiam reestruturação da carreira, valorização salarial e abertura de concurso público para reforço de seus quadros. O Ministério do Planejamento agendou para a próxima quarta-feira (22) reunião como SINPECPF para dar continuidade às negociações.
GREVE CONTINUA! A CONCENTRAÇÃO AMANHÃ SERÁ NOVAMENTE EM FRENTE À SR/DF, ÀS 11H00!
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