O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB/AC) em pronunciamento no Senado Federal cobrou do governo uma atitude de respeito com relação aos servidores do PECPF pelo fato de ainda não ter resolvido a situação da categoria referente as negociações sobre a recomposição salarial.
Mesquita lembrou que há dois anos o governo promete equacionar a questão, mas até agora não saiu do impasse e reprovou a atitude do governo que ameaça não conceder aumento caso a CPMF não seja aprovada.
“No último minuto, desfaz acordos, sem mais nem menos, e trata de forma humilhante categorias importantes do Serviço Público Federal. Sempre digo que eles são permanentes e quem trata com eles é que é circunstancial e passageiro. Esse povo deveria ter pelo menos respeito com os servidores públicos federais” defendeu o senador.
O Sr. Geraldo Mesquita Júnior (PMDB – AC) – Chamou-me a atenção o momento
em que V. Exª se referiu ao Governo, lembrando que, ultimamente, ele tem se aplicado na prática do terrorismo. Recebo aqui uma notícia do pessoal da Polícia Federal. É um drama. Há dois anos o Governo senta, levanta, senta, levanta com essa categoria no sentido de atender a seus pleitos. Recebo aqui um e-mail, datado do dia 28, da Drª Hélia, Presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Federal, nos seguintes termos:
(…) Na reunião ocorrida ontem à noite, no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o Diretor do Departamento de Relações do Trabalho, Nelson Freitas, alegou que “o fechamento de acordos salariais (mesmo os previamente acordados) estão suspensos enquanto a Contribuição sobre Movimentação Financeira, a CPMF, não for aprovada”.
O anúncio pegou de surpresa a direção do Sindicato e gerou revolta nos servidores da Polícia Federal no País inteiro, porque, na reunião do último dia 12/11, o Governo reconheceu justas as reivindicações e sinalizou com a perspectiva de avançar na proposta de recomposição salarial e do parcelamento do efeito financeiro da mesma.
A Presidente do Sindicato, a Drª Hélia Cassemiro, lembrou que as reivindicações feitas pela categoria, naquela oportunidade, eram simplesmente pequenos ajustes, que não criam impactos substanciais na folha de pagamento. [sic] Veja: há dois anos o Governo promete equacionar a situação dessa categoria e de outras importantes categorias de servidores públicos federais.
Ora, a CPMF já era cobrada de dois anos para cá. Por que o Governo não equacionou a situação? E agora, com a CPMF em julgamento, ameaça uma categoria importante como essa e outras categorias de não promover aquilo com o qual se comprometeu, na égide da vigência da CPMF. Ora, isso é terrorismo mesmo. V. Exª tem razão. Isso é terrorismo. Isso é uma coisa pequena, mesquinha. Estão aí os trabalhadores da Polícia Federal angustiados, bem como servidores públicos federais de outras categorias submetidos a um processo de humilhação. Isso é humilhação, Senador Mozarildo. Isso é submeter servidor público federal a uma humilhação. Isso é humilhação. V. Exª tem razão quando menciona que o Governo pratica terrorismo, terrorismo barato mesmo. Está aqui a prova disso. Há mais de dois anos que o Governo negocia com importantes categorias do Serviço Público Federal, enrola-as, porque, na verdade, não quer mesmo fazer concessões. No último minuto, desfaz acordos, sem mais nem menos, e trata de forma humilhante categorias importantes do Serviço Público Federal. Sempre digo que eles são permanentes e quem trata com eles é que é circunstancial e passageiro. Esse povo deveria ter pelo menos respeito com os servidores públicos federais.
Ascom – SINPECPF com informações da Agência Senado
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