Com a mudança de comando na Polícia Federal, uma dúvida passou a figurar na cabeça dos servidores administrativos: como ficarão as negociações referentes à reestruturação da carreira? As respostas devem chegar em breve: de acordo com a Diretoria de Gestão de Pessoal, as diretrizes das negociações serão esclarecidas pela Direção-Geral em rodada de reuniões com as entidades de classe prevista para os próximos dias.
O SinpecPF vislumbra dois cenários para o futuro das negociações: o primeiro, menos provável, é a continuidade do projeto de reestruturação defendido pela Administração de Fernando Segóvia. Vale lembrar: o eixo central dessa proposta é a criação de um novo cargo policial de nível médio, que se encarregaria das atribuições policiais de menor complexidade, hoje exercida por agentes e escrivães.
O sindicato apurou que, por estar envolta em controvérsias, essa proposta estaria encontrando mais resistência junto à nova gestão. Outro problema é que o projeto passou a ser associado à Administração Segóvia — bastante desgastada junto à opinião pública.
O segundo cenário, mais provável, é o seguimento das negociações travadas durante a Administração Leandro Daiello Coimbra, da qual Rogério Galloro era Diretor Executivo. Caso isso se confirme, o foco deverá ser dar andamento ao projeto de reestruturação que estava sendo analisado no Ministério da Justiça. A proposta em questão prevê a criação dos cargos de Analista (nível superior) e Técnico (nível intermediário), com o devido enquadramento dos atuais servidores.
Seja qual for a corrente adotada pela nova gestão, o sindicato trabalhará para que as propostas avancem o mais rápido possível, possibilitando que a categoria seja corretamente valorizada. “Estamos com nossos quadros defasados e isso se deve aos baixos salários e à falta de perspectiva de carreira no longo prazo. Precisamos corrigir esses problemas para mudar o cenário”, avalia o presidente Éder Fernando da Silva.
Além de conversar com a Direção-Geral, o sindicato espera ser ouvido também pelo ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, que recentemente deu declarações nas quais condenava o desvio de função nas polícias estaduais, defendendo retirar policiais de postos administrativos. “O desvio de função também é um problema na PF. Vamos alertar o ministro sobre isso e explicar que a reestruturação da carreira administrativa é a solução para o problema”, afirma Éder.
Na minha opinião, nós, filiados, precisamos colocar em Assembleia a possibilidade de uma GREVE.
Não existe dentro da PF uma categoria que converse e aguarde uma posição da Direção Geral mais do que a nossa.
Prezado colega Marcelo, não creio que a greve seria o melhor caminho a ser adotado para tentar resolver nossos problemas. Além de desgastante, vemos como a Administração/Governo tem tratado os grevistas nos últimos anos.
Todos nós sabemos que tipo de trabalho realizamos no DPF, se falta regulamentação para isso, na minha opinião deveríamos apresentar nossos argumentos ao judiciário solicitando que o juiz emita uma declaração de tais atividades. (Exemplo: “Declaro que o(s) servidor(es) X exercem a função Y”)
Seria uma ação declaratória, uma ação simples que pode ser adquirida no Juizado Especial Federal, que inclusive dispensa o auxílio de advogado. Qualquer servidor pode ajuizar tal ação.
Sendo assim, uma vez o judiciário declarando que exercemos a atividade ou função X, conseguiríamos o devido reconhecimento.
Seria uma decisão independente da posição de qualquer governante, DG, político, ministro e etc.
É apenas uma opinião de um colega filiado que também a anos espera alguma solução para nossa demanda.
Um abraço
Somente balela. Daqui a pouco muda diretor geral, muda presidente da república, muda senadores, muda deputados federais, daí começa tudo novamente.
Concordo contigo, caro colega. Essa é mais uma “tragédia” anunciada, haja vista que o presidente do SINPEC defende justamente a segunda opção. Não iremos obter nada nem agora, e nem nunca. Essas supostas controvérsias e o caso Segóvia, nada mais são que um engôdo para nos enrolar e postergar mais uma vez o pleito. Será que os entusiastas estão brincando ou fingindo não ver a situação? Não é possível que não tenham entendido isso ainda. Será preciso desenhar? Não creio que uma greve ou coisa parecida irá resolver a situação, ou até mesmo fazer pressão nessa administração, tendo em vista que somos em número tão reduzido (e a cada mês que se passa, reduz-se ainda mais), que não surtiria efeito algum e nem teria impacto direto.
O sindicato encaminhou ambas as opções. Quem se opôs à primeira foram os delegados e a Administração. No mais, não a lógica nos argumentos expostos. Por que a Administração colocaria a proposta de criar um cargo de nível médio na geladeira apenas para postergar a reestruturação da carreira administrativa? Não faz sentido algum.
Com o devido respeito à sua opinião, colega, é a única explicação “plausível” que vejo, haja vista que, como você mesmo colocou, qual é o sentido em nos manter na “geladeira” por tantos anos? Que sentimento perverso é esse, por parte dos dirigentes do órgão, em nós massacrar, humilhar e perjorar por tanto tempo, sem que tenhamos um mínimo de respeito e reconhecimento por parte deles? Que “prazer” é esse em vernos de “joelhos” por tanto tempo, com as mãos pro céu, implorando por um plano de carreiras, que tem que ser de acordo com os planos deles, e não de acordo com os nossos anseios?
Mais uma vez, peço perdão pelas colocações, e ressalto o devido respeito à luta de vocês, mas é como vejo hoje o cargo AADM no órgão. Somos o “lado feio” da pf, que preferem manter oculto.
Entendemos sua frustração. Entretanto, enterrar um projeto sobre policiais para deixar a categoria administrativa não faz sentido. Se a intenção da Administração fosse apenas prejudicar os administrativos, bastaria retirar a categoria do projeto.
É, estamos quase mortos pelo cansaço (e muitos já morreram). Estou esperando há 34 anos.
Concordo com os dois colegas: podemos solicitar a declaração e fazer uma greve geral dos 30 dias. Se ficarmos no blá blá blá com diretor que concorda com tudo, mas não faz nada não adianta, tem que parar para mostrarmos nossa importância… o momento é de colocar a cara a tapa, haja visto que, o que de concreto aconteceu até hoje foi no tempo da Hélia…
Pois é colega Paulo, estamos há anos desempenhando as atividades meio e fim junto com os policiais. Qual o administrativo que não trabalha ou nunca trabalhou em fronteira ou aeroporto? Não digo somente em aeroportos mas nos Químicos, Segurança Privada, Delemig’s, Direitos Humanos, Sinarm, Inteligência, Viaturas…
Como não existe atribuição regulamentada em lei para o servidor administrativo, além da ação declaratória no Direito existe uma outra ação chamada Mandado de Injunção, ela existe justamente (e somente) para casos onde não existe lei regulamentando algo.
O Mandado de Injunção garante o direito de exercer a atividade Y, pelo desvio funcional do servidor ou por exercer atribuição não especificada em lei, garantindo inclusive a isonomia salarial.
Resumindo: se o servidor X exerce a atividade do cargo Y, ele terá o direito de receber o salário do cargo Y justamente por falta de regulamentação de sua atividade.
Caro Paulo, qualquer servidor para impetrar o Mandado de Injunção a ação vai correr no STF.
O MI é uma alternativa às infindáveis negociações tratadas até hoje e não depende de nenhum Governo, ministro, DG ou político.
Acho que o Sindicato está dormindo no ponto em não entrar com o Mandado de Injunção em nome dos filiados.
Bom, é somente uma sugestão/alternativa, já que estamos há anos sendo discriminados. A questão pode ter uma solução no judiciário já que politicamente não temos conseguido.
Eu mesmo estou no DPF há mais de 20 anos e até hoje nada de concreto sobre negociação alguma.
Em 1996, vi os cargos dos EPA’s serem transformados em nível superior, já em 1998 vi os Censores Federais virarem PCF´s e DPF´s, enfim, vi todos os benefícios serem criados para a careira policial e nós nunca tivemos nada.
Quero agradecer ao Sindicato pelo espaço oferecido para podermos nos manifestar.
Um abraço.
Solicito aos dirigentes do Sinpec que revejam a situação dos filiados que possuem o plano de saúde seguros unimed/Aliança-Qualicorp, tendo em vista que, novamente tivemos um aumento da mensalidade, da ordem de 24%, isso sem mencionar os outros 25% do ano passado e ainda, o aumento referente à faixa etária. Isso está tornando inviável para um servidor AADM manter seu plano de saúde, haja vista não termos sequer um tostão de reposição salarial há exatos 6 anos.
A questão está sendo avaliada.
Nâo há transparência por parte da Diretoria Pessoal. Ao NÃO implantar nossa reestruração (cargos e carreira), NÃO dizem o que esperam de nós. NÃO há confiança por parte deles. NÂO há NADA. Tantas reuniões nos ultimos 14 anos (entrei em 2005), tantas fotos no Congresso Nacional. Foto com Lula. Foto com Sarney. Reuniões, reuniões, reuniões….e as coisas são o que são. A realidade é que os aadm estão passando fome e suas famílias estão passando necessidade. E sendo humilhados, porque ao dividir sala com os policiais, ao possuir a MESMA ROTINA ADMINISTRATIVA, se percebe que os policiais almoçam em churrascaria enquanto os AADM levam a marmita de casa com feijão azedo. Os policiais tiram férias e levam os filhos para a EUROPA, enquanto os AADm tiram férias e ficam em casa pq não conseguem sequer levar os filhos para um passeio em outra cidade. Os policiais trocam de carro todos os anos e os AADM chegam na REPARTIÇÃO PUBLICA de onibus e sacola de shopping com marmita dentro (pelo menos a sacola é de shopping e os AADM pensam que conseguem enganar os outros que ali dentro não tem uma marmita com feijão azedo). Rídiculo tudo isso. A única solução é fazer o que é REGRA: estudar para outro concurso. Quem fica é porque está lambendo as botas dos chefes para pegar uma viagem. Outra humilhaçao: tenho colegas que vão na sala do se chefe se humilhar dizendo que os filhos estão passando fome. O que não deixa ser DUPLA humilhação: é uma verdade e é uma condição para receber algumas migalhas dadas igual a cão sarnento das sarjetas. Nosso salário real (sem o vale alimentação) é menor que 4 mil. Enquanto isso,os policiais tiveram aumento real de 40% em plena maior recessão da História do país. Eu subi de nível B3 para B4. SAbem quanto foi meu aumento real? R$ 17,00 pila. Entrei no mesmo ano e mesmo mês que um policial. Ele já é classe especial enquanto eu ainda sou B4. Talvez nem dê tempo para chegar a S3. Eu sei que a culpa não é do sindicato, nem desta gestão, nem da gestão passada. São pessoas valorosas que se dedicam a resolver um problema.
Voces sabem muito bem o que presenciamos. Não é fácil dividir a sala, fazer o mesmo serviço administrativo que um policial faz e chegar na hora do almoço ele ir comer em uma churrascaria e nós aadm ter que se recolher à insignificancia a salinha do café com a marmita com feijão azedo. 14 anos comendo marmita. 14 anos presenciando esse assédio moral. Policiais falando das aventuras da férias na EUROPA com a família enquanto os AADM se calam porque nao conseguem levar os filhos nem para o zoologico. Presenciando policiais fazendo rotina administrativa no recursos humanos e trocando de carro a cada ano. E os aadm rasgando as roupas nos onibus velhos. Aliás, presenciar as conversas de policiais que vão fazen enxoval para os filhos EM MIAMI enquanto que os aadm andam com roupinhas rasgadas e os filhos dos aadm andam de roupas velhas. Sinceramente, vão tomar bem no meio….vcs sabem onde. Total falta de profissionalismo. Que nos resdistribuam para outros órgãos. Coloquem, ou melhor, deixem os policiais no Nutram preenchendo ficha, deixem os policiais nos recursos humanos sem fazem nada. Tanto desvio de função INSTITUCIONALIZADA, com aval da diretoria de pessoal.
Falou tudo caro João………..