Não é porque são virtuais que as comunidades on-line não enfrentam problemas reais. Depois de o Orkut se haver várias solicitações de quebra de sigilo de seus usuários, exigidas pela Polícia Federal brasileira, o MySpace, outro gigante da rede, também mostrou que sua enorme teia enlaçou pendengas judiciais.
Na semana passada, a gravadora Universal Music entrou com uma ação contra o site, alegando que, ao veicular canções, o MySpace está fazendo pirataria. O donos do site, no entanto, dizem seguir todos os procedimentos de proteção de direitos autorais.
Para alguns analistas, a verdadeira motivação da Universal é outra: ela estaria preocupada com o sucesso instantâneo que as bandas alcançam pela internet, o que permite que estas independam de uma gravadora para divulgar seu trabalho.
Um dos maiores exemplos dessa tendência é banda inglesa Arctic Monkeys, que, depois de divulgar suas músicas pela rede, viu seu álbum “Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not” disparar nas vendas: 360 mil cópias em apenas uma semana. A publicidade foi garantida justamente por sites como o MySpace, em que fãs da banda se reuniam e trocavam links para baixar as canções.
A polêmica em torno do MySpace abrange acusações de censura a referências ao rival VidiLife.com e de a rede ter se popularizado graças a spams -denúncia do blogueiro Trent Lapinski. O site foi adquirido pelo conglomerado News Corp. em 2005 por US$ 580 milhões.
Orkut
O site de relacionamento Orkut, pertencente à Google, ameaçou deixar desabrigados seus mais de 33 milhões de usuários, ao ser pressionado pela Procuradoria da República para tirar do ar conteúdos considerados ofensivos ou ilegais. Até agosto, a sede da empresa, nos EUA, havia recebido 15 ordens judiciais criminais de órgãos brasileiros.
da Folha de S.Paulo
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