Os reajustes salariais autorizados ao funcionalismo público estão mantidos. Foi isso o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse aos ministros Paulo Bernardo, do Planejamento, e Guido Mantega, da Fazenda, durante a reunião da Junta Orçamentária.
Lula se impressionou com os dados do Tesouro Nacional sobre a queda na arrecadação. Demonstrou preocupação também com cenários de curto prazo traçados pela área técnica. O presidente insistiu, no entanto, que as contas públicas não podem ser uma espada que aponte o tempo todo para sua cabeça. Por isso, o compromisso assumido por ele junto a uma base política tão importante como é o servidor deve e será respeitado.
O presidente da República assumiu de vez o papel de avalista dos aumentos programados para julho. E essa postura ficará mais clara à medida em que as pressões para adiar o cronograma dos aumentos, vindas do mercado ou de setores do governo, se acentuem.
Bernardo ouviu tudo atentamente. O ministro do Planejamento, ao contrário do colega da Fazenda, prevê estragos e desgastes desnecessários à imagem de Lula, caso os acordos com as categorias sejam rasgados.
Por via das dúvidas, Bernardo jogou sobre a mesa a proposta de manter o calendário de reajuste de 2009 e “flexibilizar” o de 2010. Lula não gosta nem desgosta da ideia. Disse simplesmente que o melhor é aguardar.
Fonte: Correio Braziliense
*Veja aqui a tabela de reajustes para o servidor do PECPF.
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