O dia de hoje (25) foi agitado para os servidores administrativos da Polícia Federal. Pela manhã, o SinpecPF marcou presença na segunda rodada de negociações sobre os projetos de reestruturação do órgão, propostas apresentadas na semana passada pela Direção-Geral.
Alinhadas no discurso, as entidades de classe decidiram não apresentar nenhuma sugestão de alteração ao texto na reunião de hoje. Em vez disso, pediram mais tempo para debater as propostas junto às bases.
Após ouvir os apelos dos sindicalistas, o diretor-geral, Fernando Segóvia, decidiu acatar o pedido. Assim, as entidades terão até o dia 8 de fevereiro para oferecer sugestões.
Outro acordo firmado na reunião é para que a proposta seja formatada em texto único, impedindo que haja tramitação diferenciada no Congresso Nacional. “O pior cenário possível seria apresentarmos várias propostas e parte delas perderem eficácia por falta de votação em tempo hábil do Congresso Nacional”, alertou o presidente do SinpecPF, Éder Fernando da Silva.
As entidades de classe também manifestaram ressalvas ao conteúdo apresentado pela Direção-Geral até aqui, em especial à proposta de criação de um cargo policial de nível médio. Para os sindicalistas, o novo cargo só poderá ser aceito se as atribuições do mesmo se restrinjam a atividades de polícia ostensiva, sem conflito com as atividades desempenhadas pelos atuais servidores. Vale lembrar que o SinpecPF defende que as atividades de fiscalização e controle sejam formalmente atribuídas aos administrativos, uma vez que a categoria já as executa na prática.
Outro ponto abordado pelo SinpecPF foi a necessidade de rever a amplitude salarial da categoria administrativa dentro da proposta. Atualmente, a diferença salarial entre o final e o início de carreira nos cargos de nível intermediário é de apenas R$ 552,66. “O mínimo que precisa ser feito é melhorar a remuneração do final de carreira, dando atrativos para que o servidor siga no órgão”, pontuou Éder.
Por ter participado das negociações que deram origem à proposta da Administração, ainda em 2015, o colega Técnico em Assuntos Educacionais Eduardo Schneider foi convidado pelo sindicato para a reunião. Na avaliação dele, o encontro foi positivo por mostrar que as entidades podem chegar a um consenso. “Essa é uma excelente oportunidade de valorização da categoria administrativa e, por conseguinte, da própria PF. Precisamos lutar para não ficarmos de fora da proposta, mostrando aos policiais que nossa valorização é positiva para o órgão”, avaliou.
Debate em AGE — À tarde, as novidades foram transmitidas à categoria durante AGE. O sindicato tranquilizou a todos, explicando que as propostas ainda não foram finalizadas e que tudo será divulgado antecipadamente para a categoria. “Os textos iniciais foram divulgados no Facebook. A cada avanço, apresentaremos as novidades. Vamos providenciar uma forma para que todos possam contribuir com o debate, oferecendo sugestões”, assegurou Éder.
O presidente adiantou que é bom o diálogo entre as entidades de classe, que se voltarão a se reunir para discutir a proposta no dia 1º de fevereiro. “Primeiro vamos trabalhar separadamente na parte afeita à nossa categoria. Depois, trabalharemos em conjunto no que diz respeito a todos”, explicou o presidente.
A AGE foi transmitida ao vido no Grupo do Facebook. O arquivo segue disponível. Para acessá-lo, clique no link e solicite sua inscrição (apenas para filiados ao sindicato): https://www.facebook.com/groups/207067032700876/
Essa criação de um cargo policial de nível médio deveria antes de mais nada dar a oportunidade pros agentes administrativos que optarem em ter seu cargo transformado nessas novas atribuições poderem ser contemplados, afinal se a exigência de nível médio abrangeria as duas carreiras, qual o motivo daqueles que se interessarem em preencher a tal carreira não poderem assim fazer?!