Cair da noite de segunda-feira (14). Após o expediente no SINPECPF, a presidente Leilane Ribeiro de Oliveira resolve atualizar sua conta no twitter, revelando um pouco sobre a rotina sindical. Curiosa, Leilane decide conferir a conta mantida pelo ministro do planejamento, Paulo Bernardo. Sem saber se seria respondida, a presidente encaminha uma mensagem ao ministro pedindo uma reunião para debater a reestruturação do PECPF. A surpresa: o ministro não só responde, como sugere uma conversa imediata, em pleno Mercado Municipal de Brasília.
Talvez o ministro não soubesse que a sede do sindicato ficava a apenas trezentos metros dali. O certo é que o SINPECPF não podia perder esta oportunidade, e Leilane rapidamente rumou para o Mercado Municipal. “Para mim, isso não é uma brincadeira. Não fui lá badalar o ministro, fui para trabalhar em prol da categoria”.
Ao chegar, Leilane se deparou com um ministro pouco interessado em ouvir as reivindicações do PECPF. Paulo Bernardo preferiu falar, defendendo a atuação do Ministério do Planejamento nas negociações com a categoria. Na opinião do ministro, o governo está sim empenhado em solucionar os problemas do serviço público federal, entre eles, a questão da PF.
Leilane discordou, argumentando que a proposta de reestruturação apresentada pelo Planejamento representa um retrocesso. “Ao que parece, o governo planeja recriar o ‘Plano Geral de Cargos’, desmerecendo as atribuições específicas de cada categoria”, declarou, deixando transparecer sua insatisfação. O ministro não gostou da colocação e voltou a afirmar que o governo trabalha para fortalecer o serviço público.
Ciente de que aquele não era o melhor ambiente para prolongar o debate, Leilane agradeceu ao ministro pelo encontro e pediu mais empenho do MPOG na reestruturação da PF. Vale destacar que, além de Paulo Bernardo, estavam presentes no recinto figuras chave no processo de negociação, como a diretora de relações de trabalho, Marcela Tapajós, a coordenadora geral de negociação e relações sindicais, Eliane Aparecida da Cruz e o secretário de recursos humanos, Duvanier Paiva.
Após a conversa, a presidente ficou com a nítida sensação de que o atual governo não tem interesse em solucionar as demandas da Polícia Federal. “É uma realidade triste. Mas não podemos nos deixar abater. Chegou a hora de lutar, e para fazer isso precisamos escancarar o quadro caótico que hoje existe na PF!”, desabafou, conclamando a categoria a participar das manifestações que o SINPECPF planeja realizar na próxima semana.
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