A Polícia Federal está em vias de enfrentar a maior crise de recursos humanos de sua história. A afirmação é do SinpecPF, sindicato que representa os servidores administrativos da corporação. Conforme alerta a entidade, a falta de servidores administrativos está obrigando o órgão a deslocar cada vez mais policiais para atividades de suporte, tais como setor de compras e de licitações e contratos. Atualmente, o quadro administrativo corresponde a apenas 19,6% do efetivo ativo da PF, percentual que era de 30,3% em 1978.
Evolução do efetivo da PF.
“A discrepância entre a quantidade de policiais e administrativos se tornou insustentável”, avalia Éder Fernando da Silva, presidente do SinpecPF. “Para piorar o quadro, de 1978 para cá, a Polícia Federal recebeu uma série de competências legais relacionadas às áreas de fiscalização e de controle, tarefas que demandam grande contingente administrativo”, completa.
Éder revela que a situação deve piorar drasticamente a partir do ano que vem, quando se espera um grande número de aposentadorias entre os servidores administrativos. Atualmente, cerca de 25% da categoria já reúne requisitos para deixar a ativa. “São aproximadamente 700 servidores apenas aguardando a incorporação da gratificação de desempenho na aposentadoria para deixar o órgão”, esclarece Éder. Conforme acordo firmado entre o Governo Federal e a categoria, a última parcela da incorporação está prevista para janeiro do ano que vem.
Preocupado com esse cenário, o SinpecPF oficiou a Direção-Geral da Polícia Federal solicitando gestões do órgão pela realização de um novo concurso para a categoria — o último certame ocorreu em 2014 e preencheu 566 vagas. Segundo o sindicato, para contornar as aposentadorias previstas e reestabelecer a proporção entre policiais e administrativos observada no passado, são necessárias cerca de 2.500 vagas.
“Sabemos que a situação financeira do país não é fácil. Entretanto, é muito mais econômico reforçar o quadro administrativo do que seguir desviando policiais para nossas funções”, pondera Éder. O sindicalista destaca que os policiais federais também pensam assim: em entrevistas recentes, o vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Flávio Werneck, tem dito que cerca de 50% do efetivo policial está subaproveitado em tarefas burocráticas.
A própria Administração do órgão parece concordar com o SinpecPF. Em declaração concedida ao sindicato para vídeo institucional, o atual diretor de Gestão de Pessoal da Polícia Federal, Delano Cerqueira Bunn, sustentou que “o primeiro passo para fortalecer a PF seria valorizar a carreira administrativa”.
pois é….agora são 12 h e 11 minutos. Horário de almoço. Estou comendo a minha marmita (sim, há 14 anos comendo marmita pois o salário de aadm da PF não acompanhou a inflação enquanto os vencimentos dos policiais está nas alturas. Receberam 40% de aumento líquido e real em plena maior recessão da História do Brasil). Agora vamos ao fatos: policial que não trabalha policial, policial que trabalha no setor de protocolo, no passaporte, no RH, nos contratos, no SELOG, na prefeitura do prédio….saíram para almoçar comida italiana. Outros saíram para comer comida japonesa. Outros saíram para comer churrasco. Enquanto os AADm que verdadeiramente TRABALHAM na parte administrativa estamos todos aqui na sala do café esquentando o feijão que azedou no ónibus que peguei na madrugada para chegar ao serviço. Até quando? E quando chega as férias, lá se vão os “policiais administrativos” para Europa com a família, com o au au da família fazer compras, passear…enquanto os AADm se recolhem a insignificância. Até quando? Todos os meses se aposentam “policiais administrativos” que se aposentaram antes devido “ao risco de vida”. Mas o único risco que tiveram nos últimos 15 anos foi a lâmpada cair do teto sob a cabeça. Até quando? Até quando iremos presenciar algo tão….estúpido administrativamente falando? Pagar uma fortuna para policial ficar….carimbando papel. E olha lá, pq às vezes nem isso fazem. Até quando? Logo terá outro concurso. E lá vão eles para a Academia aprender a saltar de helicoptero, rolar, correr, subir para depois da formatura se alocado no setor de protocolo. De repente é interesse que as coisas continuem assim. Afinal, quem é que não deseja receber uma fortuna, se aposentar antes e ter uma rotina de um simplório carimbador de protocolo e ficar o dia todo na tela do computador em busca de passagens aéreas em promocao? Porque além de ocuparem nossas cadeiras administrativas, eles deixam o trabalho para nós. Se escondem.
Concordo plenamente contigo, caro colega. E aí se foram dois anos da publicação dessa informação! E o que mudou? Quase nada, a não ser pelo fato de que cancelaram mais algum adicional do cargo de AADM, contrataram mais terceirizados, faleceram um monte de colegas e outros abandonaram o PEC. Em relação aos servidores da Polícia Federal nada mudou, aliás, melhorou e muito! As verbas para missões mais que dobraram de valor! Chegaram os novos policiais e ainda irão chegar mais no ano que se aproxima! Assim sendo, quem disse que a PF está em crise de recursos humanos? Vê-se claramente que não! Se estão ocupando até as vagas dos aadm’s, significa que os servidores da PF estão em número suficiente para atender a demanda policial e a administrativa, não necessitando do servidor do PEC para “atrapalhar-lhes” o caminho! Entendemos ou queremos que desenhem?