O Palácio do Planalto decidiu requisitar os dados obtidos pela Polícia Federal com o rastreamento de telefones na investigação do dossiê Vedoin. Causou forte impressão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a membros do governo a descoberta de que, em agosto e setembro, foram feitas 380 mil ligações de 100 aparelhos que servem à Presidência.
Algumas dessas ligações, conforme apurou a PF, foram feitas para petistas envolvidos no escândalo do dossiê. Mas uma enorme quantidade de telefonemas teve como destino diretórios do PT de todo o País, indicando uso maciço de equipamento do Estado para fins estranhos ao interesse público.
Uma fonte do Planalto disse que a intenção é usar os dados da PF para abrir processo na Comissão de Ética Pública, a fim de verificar se houve abuso e identificar os responsáveis. O rastreamento foi feito com autorização judicial. Ficaram de fora apenas os telefones que servem ao presidente, que só pode ser investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal. Mas algumas linhas são utilizadas por assessores diretos de Lula, entre eles o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho.
O Estado de S. Paulo
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