A Polícia Federal pediu ao Ministério da Defesa ajuda nas investigações do acidente com o Boeing da Gol, que caiu no último dia 27, matando 154 pessoas. O delegado responsável pelo caso, Renato Sayão, tenta ouvir os controladores de vôo que trabalhavam no dia da tragédia.
De acordo com Sayão, ainda faltam informações básicas, como o nome dos controladores de vôo que trabalharam no dia do acidente. “Nós viemos ao ministro da Defesa (Waldir Pires) solicitar que nos repasse todas as informações que estão em poder da Aeronáutica. Os dados técnicos necessários à instrução do inquérito”, disse o delegado, de acordo com a Globonews.
O ministro disse que recebeu o mesmo pedido de informações da Polícia Civil de Mato Grosso, que disputa com a Polícia Federal na Justiça o direito de comandar as investigações. Pires afirmou que vai consultar a assessoria jurídica antes de repassar todo o material.
“Não há o que esconder, nós queremos é plena abertura de tudo isso. Agora, salientando, que essa investigação nos acidentes do mundo em aviação civil, é uma coisa que às vezes demora um pouco”, disse Pires. O ministério da Defesa informou que pode enviar ainda nesta terça-feira para a Polícia Federal as informações de relatórios da Aeronáutica.
Na noite de ontem, foram divulgados trechos pela Agência Estado trechos de uma fita entregue pela Força Aérea Brasileira (FAB) à PF com um diálogo entre o controle de vôo em Brasília e o comandante do Legacy. Nele, Joe Lepore pede autorização ao controlador para descer de 37 mil pés para 36 mil pés de altitude. Neste momento, o Legacy estava 30 milhas antes do ponto em que essa mudança seria obrigatória.
A instrução do controlador, de acordo com a gravação, foi para o piloto do Legacy manter a altitude – a mesma na qual voava o Boeing da Gol. Não está claro, no entanto, se o piloto entendeu que a ordem do controlador valia para o restante do vôo ou apenas até a parte em que o plano de vôo previa a mudança de altitude.
do Terra
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