A greve dos servidores administrativos da Polícia Federal (PF) já ultrapassa uma semana, e até agora as reivindicações da categoria ainda não foram atendidas pelo governo federal, embora uma reunião entres representantes de ambas as partes estivesse marcada para acontecer no final da tarde de ontem, em Brasília.
O representante regional do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (Sinpecpf), José Airton, disse na manhã de ontem que a classe estava otimista que um acordo pudesse ser firmado brevemente, levando em consideração que os trabalhadores estavam firmes na paralisação em todos os Estados do país.
“Nós acreditamos que o governo irá ceder na mesa de negociação, até porque foram concedidas melhorias salariais para os nossos colegas policiais, merecidamente. O que não pode é a nossa categoria ficar a margem disso, sendo tratada com discriminação”, afirma Airton.
Ele diz ainda que a principal reivindicação da categoria é a reestruturação do Plano Especial de Cargos da PF.
“Essa reestruturação engloba a mudança de cargos atuais para técnicos de Polícia Federal – no nível intermediário –, e analista da PF para quem já tem nível superior. Outro ponto é a recomposição da tabela remuneratória justa, pois os nossos atuais salários estão defasados, enquanto os policiais tiveram o plano aprovado pelo governo federal”, explica Airton.
Em todo o país, cerca de 3,5 mil funcionários da Polícia Federal aderiram ao movimento de greve. No Acre, 39 servidores do órgão estão com os braços cruzados.
Os grevistas asseguram que a paralisação prejudica todo o trabalho da PF. Serviços de protocolo, contratos, departamento financeiro e transporte estão suspensos. Porém, a expedição de passaportes vem sendo mantida.
Whilley Araújo
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