Os servidores administrativos da Polícia Federal (PF) entraram em greve ontem por tempo indeterminado em todo o país. No Acre, 39 funcionários do órgão aderem ao movimento nacional. A paralisação é para reivindicar a reestruturação do Plano Especial de Cargos da PF.
De acordo com José Airton, representante regional do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (Sinpecpf), a suspensão das atividades aconteceu em razão dos impasses na negociação da classe com o governo federal, que até ontem não tinha apresentado nenhuma proposta para a reestruturação do plano.
“Essa reestruturação engloba a mudança de cargos atuais para técnicos de Polícia Federal – no nível intermediário –, e analista da PF para quem já tem nível superior. Outro ponto é a recomposição da tabela remuneratória justa, pois os nossos atuais salários estão defasados, enquanto os policiais tiveram o plano aprovado pelo governo federal”, explica Airton.
Ele diz ainda considerar justo que os policiais sejam bem remunerados devido aos bons serviços que desempenham ao longo dos últimos anos, “mas o que não pode haver é discriminação do governo federal com os funcionários administrativos”.
Segundo Airton, a greve só vai ser suspensa quando o governo apresentar um plano. Em todo o país, 3,5 mil funcionários estão em greve.
Efeitos da greve – O representante regional do Sinpecpf diz que a paralisação dos administrativos atinge todo o trabalho da Polícia Federal. Porém, a expedição de passaporte será mantida, levando em consideração que os funcionários não pretendem radicalizar na manifestação.
Serviços de protocolo, contratos, departamento financeiro e transporte estarão suspensos por tempo indeterminado prejudicando o trabalho em portos, aeroportos e áreas de fronteira.
Whilley Araújo
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