Apoio aos administrativos
BRASÍLIA – O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Winck, afirmou nesta quinta-feira que boa parte dos policiais federais aderiu à paralisação de 24 horas em apoio à greve dos servidores administrativos. Segundo Winck, só os policiais federais de Tocantins não participaram do protesto. A presidente do sindicato dos sevidores administrativos, Hélia Cassemiro, disse que a adesão dos policiais foi ampla, mas não soube indicar quais setores da instituição deixaram de funcionar. No Rio, a delegacia que funciona no Galeão atendeu normalmente, apesar da paralisação.
– Os policiais estão cansados de fazer o nosso trabalho. Eles não foram treinados para isso – afirmou Cassemiro.
O protesto teve apoio de vários delegados, mas não chegou a mudar a rotina da sede da PF em Brasília. Os servidores admininistrativos estão em greve há 23 dias. Eles querem reajustes salarias superiores a 100%. Pela proposta encaminhada ao Ministério do Planejamento, um servidores de nível médio, que recebe salário de R$ 1.900 em início de carreira passaria a ganhar R$ 3.500 por mês. Um servidor de nível superior, com salário pouco superior a R$ 2 mil, teria o salário aumentado para R$ 6 mil.
Policiais de 16 estados e do DF decidiram cruzar os braços
Policiais federais de 16 estados e do Distrito Federal decidiram cruzar os braços por 24 horas nesta quinta-feira em apoio à greve dos servidores do Plano Especial de Cargos (pessoal administrativo).
De acordo com informações da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), além do Distrito Federal, decidiram parar as unidades de Rondônia, Pernambuco, Paraíba, Amapá, Mato Grosso, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Paraná, Ceará, Sergipe, Minas Gerais, Pará e Rio Grande do Sul. Mato Grosso do Sul decidiu parar por duas horas. Espírito Santo e Tocantins não aderiram.
Desde o dia 25 de setembro, os servidores administrativos paralisaram as atividades depois de terem frustradas as negociações com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A categoria pede a estruturação do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal no setor administrativo e fim da terceirização com a abertura de 3 mil vagas através de concurso público.
Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Nacional de Carreira da Polícia Federal (SinpecPF), Hélia Cassemiro, a PF emprega cerca de 3,5 mil servidores administrativos. Dados do Sinpecpf mostram que, atualmente, o salário inicial de um servidor administrativo com nível superior é de R$ 2,1 mil, enquanto um agente ganha aproximadamente R$ 7 mil e um delegado, R$ 13 mil.
A Polícia Federal não se manifestou sobre o assunto.
Publicada em 18/10/2007 às 19h48m
Jailton de Carvalho – O Globo; Agência Brasil
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