O Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou a soltura do diretor-executivo da Polícia Federal, Romero Menezes, número dois na hierarquia da instituiçao, por volta da 0h30 desta quarta-feira (17). Ele foi beneficiado por um habeas corpus concedido pelo desembargador Jirair Aram Meguerian.
Um oficial de justiça levou a decisão ao edifício-sede da Polícia Federal de madrugada. O delegado Menezes, desde a sua prisão até o momento em que foi solto, ficou no edifício em que trabalha, na sede da PF em Brasília, e não chegou a ser transferido para a cela especial a que teria direito na carceragem da superintendência.
Menezes foi preso na manhã de terça-feira (16) por suspeita de advocacia administrativa. Ele é investigado por ter favorecido o irmão José Gomes de Menezes Júnior, que também já foi preso nesta terça-feira, e que tem uma empresa de serviços gerais e vigilância.
A prisão foi um desdobramento da Operação Toque de Midas, que ocorreu em julho deste ano e que investiga indícios de que empresas do empresário Eike Batista podem ter infrigido a lei de licitações durante processo de concessão de uma estrada de ferro no Amapá. A empresa de José Menezes prestou serviços a Eike Batista.
O número dois da polícia federal pediu afastamento. Ele recebeu voz de prisão do diretor-geral da Polícia Federal Luiz Fernando Correa, por volta das 10h de terça-feira. No momento da prisão, estava acompanhado do diretor de inteligência policial, Daniel Lorenz, e do diretor de combate ao crime organizado, Roberto Troncon, que assume temporariamente a diretoria executiva da polícia.
(Fonte: G1)
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