O Ministério da Justiça e Segurança Pública editou, na última terça-feira (31), a Portaria nº. 926, que institui o teletrabalho e o Comitê Gestor do Teletrabalho no âmbito das Unidades Organizacionais do Ministério, em caráter permanente e facultativo. A medida permite aos servidores da pasta dar expediente fora do espaço físico do Ministério, trabalhando remotamente pela Internet.
A prática estava sendo testada no Ministério desde abril deste ano, como experiência piloto. Na avaliação da pasta, o “avanço da gestão e da tecnologia possibilita o trabalho remoto ou à distância, notadamente com a implantação do Sistema Eletrônico de Informações – SEI, e de novo canal de comunicação, o ambiente Você.MJ.”. A implementação deixa claro que o projeto piloto foi exitoso.
A opção pelo trabalho acarreta responsabilidades a mais para os servidores. Para seguir fazendo jus à prática, eles terão de ser avaliados trimestralmente, devendo ainda assumir metas de desempenho no mínimo 20% superiores ao estipulado aos colegas que executarem as mesmas atividades nas dependências do Ministério.
Para o SinpecPF, é perfeitamente possível que a Polícia Federal adote o modelo em algumas de suas áreas. A questão foi inclusive abordada com a Direção-Geral na reunião da última segunda-feira (30). Nela, o diretor de gestão de pessoal, Luiz Pontel de Souza, afirmou que a questão será avaliada pelo órgão, mas deixou escapar algumas ressalvas.
“É preciso haver um controle rígido da produtividade dos servidores que optarem pelo teletrabalho. Além disso, algumas atividades não podem ser realizadas fora da PF pela simples impossibilidade de monitorá-las à distância”, afirmou Pontel.
O sindicato não se dará por vencido e seguirá empenhado em melhorar as condições e o ambiente de trabalho da Polícia Federal para nossos filiados. Entre as iniciativas empreendidas nesse sentido, está a instituição do teletrabalho e a luta pelo retorno da atividade física para a categoria. “Estamos municiados de pesquisas que demonstram que estresse policial advém mais do ambiente de trabalho que da atividade policial em si. Como estamos expostos a esse mesmo ambiente, é nosso dever lutar por melhorias”, afirma o presidente Éder Fernando da Silva.
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