Na véspera do feriado do Dia do Trabalho, nada melhor do que homenagear servidores que são exemplo de dedicação e profissionalismo. É o caso da colega Maria Lilibete Souza da Silva, agente administrativa lotada em Manaus – AM. Após 24 anos de serviços bem prestados para a Polícia Federal, a colega decidiu se aposentar no início de abril, levando para casa uma verdadeira coleção de elogios.
Natural de Boa Vista – RR, “Lili” (como é conhecida por todos) começou a carreira no serviço público no antigo Território Federal de Roraima, atuando na Secretaria de Educação, já como agente administrativa. O ingresso na PF ocorreu alguns anos após Roraima se tornar um estado autônomo, quando o governo federal ofereceu aos servidores dos antigos territórios a possibilidade de migrar para órgãos federais.
“Escolhi a PF porque o órgão já tinha boa reputação e porque estavam precisando de agentes administrativos”, recorda a colega, revelando que a carência de pessoal na área-meio já era uma realidade em 1995. “O único ponto negativo que encontrei no órgão é um certo ‘descaso’ em relação à categoria administrativa”, desabafa, sem esconder a tristeza. “Para avançar, o órgão precisará valorizar todos os servidores, tratando com igualdade as diferentes categorias”, pondera.
Em 2009, Lilibete foi removida para Manaus – AM, onde vive até hoje. Em 2010, assumiu a chefia do Núcleo de Execução Orçamentária e Financeira (Neof), de onde saiu em 2011 para comandar o Setor de Administração e Logística Policial (Selog), posto que ocupou até outubro de 2016.
Embora seja defensora incansável da valorização da categoria administrativa — vale lembrar que Lilibete também é representante estadual do SinpecPF no Amazonas —, a colega admite já ter se decepcionado com algumas atitudes tomadas por pares da categoria. “Não somos tão unidos como deveríamos”, reflete. Ela cita um exemplo pessoal para defender seu ponto de vista. Ao assumir o comando da Selog amazonense, a colega afirma ter encontrado mais amparo entre policiais do que entre administrativos. “É muito triste, mas entendo que alguns colegas não gostam de ver um igual crescer profissionalmente e por isso preferem não colaborar”, filosofa, provavelmente usando o conhecimento adquirido na formação como antropóloga para explicar tal comportamento.
Apesar das frustrações, Lilibete entende que o saldo de sua passagem pela PF foi positivo. “Não guardo mágoas”, garante, revelando ainda que sua maior preocupação agora é cuidar da mãe, que precisa de cuidados constantes.
Aposentada e com a mãe dependente, Lilibete ainda sonha com a valorização da categoria. Para que isso ocorra, ela pede que o sindicato siga lutando sempre. “O SinpecPF é um parceiro que sempre buscou atender os anseios de seus filiados. Infelizmente, o que mais precisamos está nas mãos de pessoas que fingem não enxergar os problemas”, avalia a colega. “Por isso o SinpecPF não pode dar trégua! Não digo isso no sentido de criar atritos com a Administração, mas de não descansar até que nossas solicitações sejam respondidas e que nosso papel seja reconhecido”.
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