Apenas 906 empresas, de um total de 2.048, enviaram informações
Pouco mais de 44% das operadoras de saúde do país, o equivalente a 1.108 empresas, obtiveram nota zero em uma pesquisa inédita divulgada ontem pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O Programa de Qualificação do órgão regulador pontuou e classificou as 2.048 companhias que atuam no setor, de acordo com a qualidade dos serviços e o desempenho econômico-financeiro. Juntas, elas atendem a mais de 41 milhões de usuários.
O desempenho negativo das 1.108 empresas é resultado da ausência ou insuficiência de informações solicitadas pela ANS durante o processo de levantamento dos dados. Essas operadoras, responsáveis pelo atendimento de 8 milhões de usuários, poderão, eventualmente, ter seus registros cassados. Todas elas passarão, a partir de agora, por uma análise e cobrança criteriosa da ANS. O diretor-presidente da agência, Fausto Pereira dos Santos, informou que não há um prazo preestabelecido para que as empresas regularizem a sua situação.
– É um processo que acontece aos poucos, mas a expectativa é que, ao final de 2006, já tenhamos claro quais serão as empresas que vão passar por processo de acompanhamento mais refinado, com plano de recuperação, por exemplo – disse Santos.
Usuário pode consultar avaliação na internet
Do total das operadoras que atuam no setor, apenas 906 conseguiram pontuação, registrando notas que variaram de 0 até 1 ponto, referentes ao chamado Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS). Essas empresas respondem por cerca de 80% do total de usuários de plano de saúde no país, ou cerca de 34,3 milhões de beneficiários. Outras 34 não foram avaliadas por não terem usuários.
Pela primeira vez, as operadoras foram nominalmente catalogadas por modalidade (seguradoras, cooperativas etc.) e porte (número de associados), em ordem alfabética. O consumidor que quiser saber o desempenho de alguma empresa poderá ter acesso à pesquisa na página da ANS (www.ans.gov.br).
O IDSS leva em consideração desde indicadores como atenção à saúde (taxa de internação por diabetes, por exemplo) até econômicos e financeiros. Segundo informações da ANS, nenhuma empresa alcançou a nota 1. A média do setor, de acordo com a agência, foi de 0,551.
O Globo
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