Os servidores administrativos da Polícia Federal darão continuidade a partir de hoje ao calendário de paralisações iniciado no dia 5 de junho. A nova manifestação também é de 72 horas e prossegue até quinta-feira. A categoria promete cruzar os braços por tempo indeterminado caso não tenha sua pauta de reivindicações atendida, entre elas a criação de um plano de reestruturação da carreira e reajuste salarial.
Caso a paralisação de 72 horas seja confirmada, serviços como emissão de passaportes deverão ser afetados. As já constantes filas para retirada do documento deverão se elevar em todo País. Um dos pontos de maior procura do documento é o do prédio da sede da Polícia Federal em São Paulo.
Além da emissão de passaportes, os servidores administrativos da PF exercem serviços internos nos setores de logística e protocolo da instituição, como, por exemplo, serviços de pagamentos, controle de produtos químicos, registro e concessão de portes de armas de fogo, fiscalizações de serviços de segurança privada e tramitação de inquéritos policiais.
Para a presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da PF (Sinpecpf), Hélia Cassemiro, a categoria quer do governo uma garantia para ter seus salários equiparados aos de outros servidores administrativos federais – o que elevaria os rendimentos iniciais de R$ 1.900 para R$ 3.000 –; e o fim das terceirizações.
Essa garantia, diz a sindicalista, estabelece que o governo deva incluir na medida provisória prevista para setembro deste ano – e que concede aumento salarial à carreira policial – a reestruturação do Plano Especial de Cargos, inclusive com o impacto financeiro que isso irá gerar para os cofres públicos.
O termo de compromisso a que se refere a sindicalista foi firmado em junho de 2006 e envolveu os ministros de Justiça e do Planejamento, Orçamento e Gestão. Ele previa reajuste salarial conjunto para servidores administrativos e policiais. Hélia alega que em maio deste ano o governo fechou um acordo com os policiais federais para pagar um reajuste de 30% escalonado em três parcelas, mas não inclui os servidores administrativos.
Fonte: Jornal de Brasília
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