Os critérios para as avaliações de desempenho do funcionalismo federal serão revistos pela Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento. Para reforçar o bolso do servidor com o pagamento das gratificações, a União quer, em troca, uma melhora efetiva no atendimento ao público. A ideia é basear a análise de desempenho do funcionário em metas individuais e coletivas. “A avaliação deixa de ser só para fins de desempenho individual do servidor. Ele passa a ser avaliado pela equipe, a equipe é avaliada e também avalia o chefe. É o que chamamos de avaliação por desempenho de 360º”, antecipa a O DIA, o secretário de Recursos Humanos do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira.
Segundo ele, sempre existiu uma cultura de que avaliações de desempenho não são para valer. Duvanier Ferreira explica que as regulamentações a serem feitas nos próximos meses terão características diferentes, que vão assegurar as especificidades de cada órgão. A proposta é que as novas regras vigorem já no começo de 2010.
Com essa nova visão, o governo praticamente abandona o modelo de gratificação apresentado no início deste ano, no qual o funcionário receberia um bônus se conseguisse manter a qualidade dos serviços prestados, mas com significativa redução dos gastos. “A ideia de dar bônus para o servidor por que o órgão gastou menos é errada. O funcionalismo vai partir do conceito de que o Estado tem que arrecadar mais e diminuir gastos públicos. Acredito que devamos aumentar os gastos, o que significa investimentos e produção de mais serviços de qualidade”, afirma.
A Secretaria de RH defende que a nova avaliação tenha como principal objetivo o serviço prestado a quem está do outro lado do balcão. “As equipes precisam ser avaliadas, além do processo de trabalho, que é essencialmente coletivo. Portanto, não adianta o servidor ser ótimo, se ele está inserido em um trabalho que depende da equipe”, explica o secretário.
Fonte: O dia
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