Em reunião com o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, na manhã de hoje (31), o Fórum de Entidades do Serviço Público voltou a desqualificar a proposta salarial do governo em função do prazo longo (quatro anos) e do percentual baixo (21,3%). De forma unânime, os representantes de classe reiteraram um sonoro “não” para a oferta.
Já na sexta-feira (28), o Planejamento deixou clara sua indisposição em ceder nas negociações. Além de reiterar a oferta salarial, o governo avisou que a proposta de Lei Orçamentária Anual será encaminhada ao Congresso Nacional ainda hoje (prazo limite), com previsão de despesas proporcional à aceitação do acordo por todas as entidades de classe. Quem decidir recusar a oferta terá até o próximo dia 11 para fazê-lo.
O posicionamento do governo desagradou os sindicalistas, que adiantaram à equipe do Planejamento que, após reunião na manhã de ontem (30), nenhuma das entidades integrantes do Fórum está disposta a aceitar a proposta. “Essa tática de intimidação pode levar a uma nova greve geral do funcionalismo”, alertaram.
Mendonça afirmou que levaria a informação ao alto escalão do governo para que a cúpula da Administração avaliasse alterações nos termos da proposta.
Negociações específicas — Os sindicalistas também se queixaram da ausência de respostas para as pautas específicas de cada entidade. “Mais uma vez o governo quer condicionar os pleitos de cada categoria à aceitação da proposta geral”, criticou a presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro.
Mendonça esclareceu que o Planejamento irá focar agora nas agendas específicas. “Conversaremos individualmente com cada entidade até o dia 11”, garantiu, revelando que a equipe passaria a tarde de hoje definindo o cronograma dos encontros.
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