A campanha salarial unificada do funcionalismo federal será lançada oficialmente depois de amanhã (25), com um ato público em Brasília. Há previsão de manifestação pacífica em frente ao Ministério do Planejamento.

A intenção é cobrar do titular da pasta, Nelson Barbosa, audiência para que entidades apresentem as principais reivindicações dos servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário e retomar, assim, o canal de diálogo que não avançou nos últimos anos.

No que trata a política salarial, a luta é por correção das chamadas distorções nos vencimentos e também da reposição de perdas inflacionárias. O pedido de reajuste linear de 27,3% considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto de 2010 a julho de 2016. A projeção do período feita pelo Dieese é de algo em torno de 44%, já descontados os 15,8% concedidos pelo governo em três parcelas (2013, 2014 e 2015).

Outras frentes da campanha vão tratar da revogação das Medidas Provisórias 664 e 665, que na avaliação do Fórum dos Servidores Públicos Federais tira direitos dos trabalhadores. Também incluem a aprovação da PEC 555 que extingue cobrança previdenciária dos aposentados; a transposição dos anistiados para o Regime Jurídico Único e a regulação da jornada de trabalho de 30 horas no serviço público sem redução salarial, entre outros.

Na campanha unificada deste ano a pressão junto ao Congresso também será maior do que em 2014. Mesmo com a extensa lista de “pedidos”, a prioridade é de fato impedir a votação das medidas provisórias. Já que o impacto com a aprovação será imediato.

O SINPECPF integra o Fórum de Entidades do Serviço Público Federal e apoia eixos da campanha como o estabelecimento de uma politica salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias, a criação de uma data-base, a isonomia entre benefícios nos três poderes e a paridade entre ativos e inativos, entre outros. Mas a prioridade do sindicato segue sendo a modernização das atribuições do PECPF.

Com informações do jornal O Dia.