Além da área policial, a PF sofre com o déficit de pessoal também na área de apoio, o que tem causado problemas como a terceirização de setores estratégicos para o país, o desvio de função de policiais e a perda de autonomia de algumas delegacias. Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SINPECPF), a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) pede a criação de 5 mil para a carreira administrativa. [NOTA DO SINPECPF – Endossamos o pedido de 5 mil vagas feito pela ADPF]
Além disso, a ADPF considera um erro a categoria não ter sido incluída no Decreto 8.326/2014, que criou o chamado gatilho para a abertura de concursos no departamento, sendo que abrangeu apenas os cargos policiais. Segundo o dispositivo, um novo concurso pode ser aberto por iniciativa da própria PF, sempre que o número de vagas no respectivo cargo exceder 5%, ou então a critério do ministro da Justiça, conforme a necessidade.
O que se sabe é que, em 2013, a PF enviou ao Planejamento um pedido para a criação de vagas no setor. Segundo o SINPECPF, o pedido foi para 2.225 vagas, todas de agente administrativo, cargo de nível médio com remuneração inicial de R$4.255,17, incluindo auxílio-alimentação, de R$373. A PF possui concurso em validade para cargos da área de apoio até junho do ano que vem, podendo ser prorrogado por dois anos. No entanto, há possibilidade de a prorrogação não acontecer, caso o cadastro seja encerrado já na vigência inicial. De acordo com o SINPECPF, cerca de 30% dos convocados para as 566 vagas previstas em edital, sendo 534 apenas para agente administrativo (23 para o Rio de Janeiro), não tomaram posse ou já deixaram o departamento. A seleção atraiu ao todo, 324.497 candidatos (573 por vaga).
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