Se a fusão do PECPF com outras categorias for inevitável, que ela se dê exclusivamente com as carreiras administrativas dos demais órgãos federais de segurança pública. Esta é a opinião dos filiados de Brasília que compareceram à AGE do SinpecPF nesta sexta-feira (21). Além de avaliar a proposta de aglutinação, os presentes também votaram pela adesão da categoria à paralisação nacional do dia 18 de março.
Os colegas que compareceram à AGE cobraram que o sindicato assuma postura proativa nas negociações referentes à aglutinação das carreiras administrativas pertencentes ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Na avaliação deles, o SinpecPF deve apresentar uma contraproposta que englobe apenas os administrativos que atuam na PF, PRF e Depen — órgãos que de fato desempenham atividades de segurança pública. A questão ainda precisa ser aprovada pelos colegas dos demais estados em assembleias locais.
O entendimento em Brasília se deu após intenso debate, no qual parte dos colegas manifestou preocupação com a vindoura reforma administrativa e seus possíveis efeitos para os administrativos da PF. O receio deste grupo é de que o projeto do Ministério da Economia jogue o PECPF em um “carreirão” genérico, com servidores de todos os ministérios. Diante de um cenário assim, a perspectiva de integrar um quadro privativo do MJ não seria tão ruim.
Entretanto, a maioria dos presentes considerou que aceitar o retorno do PECPF à estrutura ministerial seria um enorme retrocesso. “Temos atribuições diferenciadas e devemos lutar para mantê-las. Se tivermos que nos fundir com outras carreiras, que seja com as que guardam verdadeira semelhança conosco”, avaliou o colega agente administrativo Paulo Murilo.
Paralisação aprovada — Em um debate mais ameno, os colegas do DF também votaram a favor de paralisar as atividades no dia 18 de março, em conjunto com a maior parte do funcionalismo. Dadas as restrições judiciais impostas ao direito de greve das categorias de segurança pública, houve sugestão para que a manifestação seja acompanhada de uma campanha de doação de sangue.
Vale destacar que, assim como ocorre na questão da aglutinação, a adesão à paralisação do dia 18 de março também precisa passar pela aprovação dos demais estados.
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