O SinpecPF se reuniu na tarde de ontem (20) com o coordenador de recursos humanos da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, para debater demandas de interesse da categoria administrativa. Entre os temas em pauta estavam pleitos como a retomada do programa de atividade física institucional para a categoria e a proposta de correção da amplitude salarial.
Pouco antes do encontro, o sindicato apurou que a Divisão de Estudos, Legislação e Pareceres já concluiu a análise a respeito do retorno da atividade física institucional para a categoria. Para a Delp, os argumentos apresentados pelo sindicato, especialmente a Nota Técnica nº 15319/2017, possibilitam o retorno da prática.
Apesar da avaliação favorável, a Administração ainda não garante o retorno da prática. Segundo Ramagem, o entrave segue sendo o posicionamento do órgão superior, antes o Ministério da Justiça, agora o Ministério Extraordinário de Segurança Pública. “A grande preocupação é que haja nova orientação superior pedindo o fim da prática”, explica o CRH.
Para o sindicato, a preocupação é válida, mas não pode imobilizar a Administração. “O órgão não pode se omitir por medo. O que a categoria cobra é um posicionamento interno. Se for o caso, enfrentaremos a posição externo em um segundo momento”, avalia o presidente Éder Fernando da Silva, que pediu celeridade na tramitação da demanda. “A categoria tem pressa e está disposta a cobrar”, alertou.
Amplitude salarial — Ramagem também confirmou que os estudos a respeito da revisão da amplitude salarial do PECPF foram concluídos. Uma apresentação para a Diretoria de Gestão de Pessoal está programada para a próxima semana. “Ainda não tive acesso à tabela, mas sei que ela propõe uma amplitude mais parecida com a da carreira policial”, explicou.
A amplitude salarial é a diferença entre o final e o início de uma carreira. No caso dos cargos de nível intermediário do PECPF, a amplitude corresponde a apenas 11,64%. Já na categoria policial, o índice chega a 48,94% no caso de escrivães, papiloscopistas e agentes.
A baixa amplitude é um problema histórico, que está diretamente ligado ao êxodo de servidores. Sem expectativa de melhoria salarial ao longo da carreira, boa parte dos servidores deixa a PF, dando espaço para práticas controversas como o desvio de função de policiais e a terceirização.
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