Entre os mantras consagrados do marketing, há aquele que diz que “crises são épocas repletas de oportunidades”. Com essa ideia em mente, o SinpecPF aproveitou reunião com os colegas paraibanos realizada na última quarta-feira (12) para esclarecer como pretende enfrentar a vindoura Reforma Administrativa prometida pelo Governo Bolsonaro. O encontro também contou com a presença de chefes de gabinete de todo o país, reunidos em João Pessoa para congresso.
Na avaliação do sindicato, a categoria administrativa precisa aproveitar que Congresso e opinião pública estarão focados na reestruturação do funcionalismo para reforçar o caráter diferenciado da Polícia Federal enquanto órgão público. A estratégia será mostrar que o PECPF realiza atividades diferenciadas, trabalhando diária e continuamente com sistemas e bancos de dados sigilosos, alguns deles ligados às principais investigações do país, como a Lava Jato.
“Também realizamos atividades finalísticas em áreas de fiscalização e de controle. Em razão dessas atribuições singulares, somos submetidos a concurso rigoroso, treinamento diferenciado e investigação social”, enfatizou o presidente João Luis Rodrigues Nunes durante o bate-papo. Para o sindicalista, ignorar o alto grau de especialização do PECPF seria remar contra a corrente da evolução trabalhista.
“O mercado busca hoje o profissional especializado”, lembra o presidente. Em uma analogia com a carreira médica, ele afirma não fazer sentido formar e treinar um cardiologista se ele não se ocupar da saúde do coração. “Qualquer parlamentar entende isso. Precisamos fazê-los compreender que a mesma lógica se aplica ao PECPF”.
Mas para que fazer isso? A estratégia é simples: o sindicato deseja vetar a atuação de servidores genéricos em tarefas de suporte à atividade policial e nas atividades de fiscalização e de controle hoje realizadas pelo PECPF. Tais atribuições devem continuar desempenhadas privativamente por servidores administrativos vinculados à PF.
Não será uma luta fácil, aponta o presidente. “Entretanto, precisamos entrar nessa batalha”, avalia, sustentando que tão importante quanto conquistar vitórias e evitar derrotas. “O que está em jogo é nosso futuro e a nossa sobrevivência. Mais do que nunca, precisamos estar unidos”, conclama.
ÚLTIMOS COMENTÁRIOS