O Palácio do Planalto saiu vitorioso na disputa pelo comando do Congresso Nacional. Apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro, o deputado Arthur Lira (PP/AL) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM/MG) venceram ontem (1º) as disputas pela presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
O resultado aumenta a apreensão do funcionalismo acerca do possível avanço de propostas prejudiciais ao serviço público. Desde a campanha e também em entrevistas após o pleito, Arthur Lira tem defendido a agenda econômica do Governo Federal, prometendo dar prioridade a matérias como a PEC Emergencial — que cria gatilhos para reduzir a jornada de trabalho e o salário dos servidores quando a despesa corrente superar 95% da receita —, e a Reforma Administrativa, que retira diversos direitos dos servidores. (Clique Aqui para saber mais sobre a proposta).
Embora tenha adotado tom mais “diplomático” em suas declarações, Rodrigo Pacheco também deixou claro seu desejo de pautar a votação de tais matérias em caráter de urgência. Dessa forma, o funcionalismo precisa desde já fortalecer a atuação conjunta de suas diferentes categorias em claro e amplo repúdio aos textos de ambas as propostas.
Estratégia do SinpecPF — Para enfrentar os ataques ao funcionalismo, o SinpecPF decidiu atuar em duas frentes: 1) conjuntamente às demais entidades do serviço público no sentido de rechaçar as mudanças; 2) individualmente, no sentido de fazer com que a categoria tenha reconhecida sua atuação em atividades de fiscalização e de controle, sendo assim reconhecida como típica de Estado.
“Ambas as lutas serão difíceis”, pontua o presidente João Luis Rodrigues Nunes. “Precisamos atuar para desconstruir o mito de que o serviço público seria ineficiente em função de os servidores terem muitos benefícios. A maior parte dos servidores é mal remunerada e trabalha de forma excessiva, pois falta pessoal para cumprir todas as tarefas”, destaca.
Vale lembrar que, na luta conjunta contra as reformas, o SinpecPF atua em apoio à Pública – Central do Servidor, entidade da qual fazemos parte desde 2017. Já com relação ao reconhecimento das atribuições de fiscalização e de controle, o sindicato tem atuado em conjunto com a Direção-Geral da PF na construção de uma proposta legal que regulamente de vez a situação. “Uma minuta de decreto presidencial chegou a ser encaminhada no final do ano passado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, mas o texto retornou à PF para que fosse reformulado como um Projeto de Lei ou de Medida Provisória. Estamos trabalhando fortemente nisso”, explica João Luis.
Minha humilde, sincera e conveniente pergunta: Não seria mais coerente tentar uma aproximação do governo para tentar negociar um plano de carreiras em vez de se posicionar contra tudo e contra todos? Nós sequer temos notoriedade e muito menos presença para bater de frente!
E pior ainda, temos um inimigo feroz e poderoso que literalmente nos “pisa na cabeça”, sufocando quaisquer tipos de ações e reações que poderíamos ter para iniciarmos a nossa luta! Ou seja, o nosso maior inimigo não é o governo federal ou o MJ, mas sim o próprio órgão onde somos lotados “ocupando cargos” do PEC.
Desse modo, não adianta se unir a eles, pois a única razão para eles aceitarem tal acordo, é somente para “medir os nossos passos”!
não adianta lutarmos juntos com objetivos diferentes, isso já aconteceu em tempos anteriores aqui mesmo na policia federal, os colegas mais antigos sabe disso. vamos continuarmos lutando pelos nossos objetivos.
embora nossos objetivos tenhamos muitas dificuldades em conseguirmos, mais cabe a nós mesmo lutar.
Concordo plenamente com o colega Cesarino. Todas as vezes em que nos foi proposta a união para a defesa das propostas divergentes entre si, só levamos “bolada nas costas” e traiçoeiramente “jogados para escanteio”, pois no último momento, o lado de lá era chamado para fazer acordinhos que nos excluíram, e estes aceitaram rapidinho! Sigamos o nosso caminho a sós! É melhor que mal acompanhados.