O diretor executivo da PF, Rogério Viana Galloro, recebeu o SINPECPF na manhã dessa quarta-feira (24) para debater demandas diversas da categoria administrativa. Em pauta, questões como a reestruturação da carreira, as novas carteiras funcionais e o horário corrido. No encontro, o DIREX não escondeu o perfil pragmático, sempre tentando enxergar os pontos positivos de cada reivindicação. Felizmente, não foi difícil para o sindicato advogar em prol dos pontos em debate, afinal, todos são claramente positivos para a PF.
A defesa mais simples foi a da reestruturação da carreira administrativa. Bastou a presidente Leilane Ribeiro de Oliveira lembrar o sentimento de insatisfação que predomina entre os servidores administrativos para demonstrar a importância do processo para a instituição. “A categoria precisa de valorização, do contrário, a desmotivação e o êxodo de servidores só irá crescer.”
A presidente também lembrou que a proposta em análise no Ministério do Planejamento foi desenvolvida em parceria com a Diretoria de Gestão de Pessoal em 2009. “Não é uma proposta apenas do sindicato. É também da instituição”, frisou, solicitando uma defesa mais contundente dela por parte dos diretores da PF. O DIREX disse concordar com os argumentos apresentados e se comprometeu a lutar por mais apoio à reestruturação.
Horário-corrido – Recém-chegado da Adidância de Washington, o DIREX confessou não estar totalmente a par do debate sobre o horário corrido. O sindicato esclareceu que a prática foi permitida pela extensão da atividade física ao servidor administrativo, que tornou possível a opção por jornada de sete horas de trabalho + uma de atividade física, intercaladas por horário de almoço.
O sindicato deixou claro que a prática beneficiou inúmeros servidores administrativos, que passaram a ter a oportunidade de conciliar o trabalho com atividades externas. O problema é que algumas chefias desejam proibir o horário corrido por entender que ele compromete o funcionamento de determinados setores. “O sindicato não concorda com essa visão: entendemos que, se bem gerido, o horário corrido pode servir inclusive como fator motivacional, proporcionando ganho de produtividade”, pontou a presidente.
Tudo isso depende, é claro, da habilidade da chefia enquanto gestor de pessoas para montar escala de trabalho condizente com as atribuições e volume de trabalho do setor. “Posso afirmar que a possibilidade de realização de horário corrido foi a maior conquista da categoria administrativa nos últimos anos. Perdê-la agravaria em grande medida o descontentamento generalizado que se abate sobre o PECPF”, alertou a presidente.
Carteiras funcionais – Em despacho encaminhado para a Direção de Administração e Logística Policial (DLOG) em 27 de abril de 2011, o diretor-geral, Leandro Daiello Coimbra, pede que o órgão tome providências para permitir que os servidores administrativos passem a ostentar o emblema da instituição em documentos identificatórios – como a carteira funcional, que atualmente não apresenta o símbolo da instituição.
A decisão foi comemorada por diversos colegas que sempre questionaram a proibição discriminatória para com a categoria. Contudo, o ato prático que consolidaria a nova fase até hoje não saiu do papel: a confecção de novas carteiras funcionais para os servidores administrativos. A justificativa para a demora é que, por conta da adoção de chip eletrônico nas novas carteiras, o projeto envolve adequações de sistemas informatizados que ainda não foram concluídas.
Galloro se comprometeu a analisar a situação do projeto junto ao INI. Caso a confecção do novo modelo não seja viável em curto prazo, ele promete avaliar a confecção de novas carteiras de acordo com o modelo atual. “O importante é dar um passo a frente contra a cultura discriminatória e deixar claro que a categoria administrativa é digna de utilizar os símbolos da instituição”, afirmou.
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