Preocupados com a repercussão em torno de requerimento que pedia a convocação do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, os deputados da base governista decidiram esvaziar a reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado de quarta-feira (1º). Sem quórum, a reunião foi encerrada sem que o requerimento que pedia audiência pública com a presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro de Oliveira, fosse votado. Mesmo assim, o sindicato articulou importante acordo junto aos parlamentares: a criação de Grupo de Trabalho para analisar as terceirizações na PF.
O acordo começou a ser costurado pela manhã de quarta-feira, em reunião do SINPECPF com o presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Mendonça Prado (Dem/SE). No encontro, o parlamentar argumentou que o pedido de convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, protocolado pelo deputado Alberto Filho (PMDB/MA), corria o risco de não ser aprovado, pois o ministro já havia comparecido à Comissão há menos de 15 dias.
O sindicato reuniu-se então com o deputado Alberto Filho para avaliar nova estratégia de atuação. Como o requerimento ainda não havia sido colocado em pauta, o deputado concordou com a opção de retirá-lo, mas desde que a Comissão se comprometesse a criar Grupo de Trabalho para acompanhar a questão das terceirizações, e que esse grupo, devidamente acompanhado pelo SINPECPF, fosse recebido pelo ministro da Justiça para debater o tema. A alternativa foi bem acolhida pelo presidente da Comissão, que se comprometeu em colocar na pauta da próxima reunião a criação do Grupo de Trabalho.
O deputado Fernando Fracischini (PSDB/PR) manifestou interesse
em participar do Grupo de Trabalho sobre a terceirização na PF
O SINPECPF está agora em contato com os parlamentares que já manifestaram interesse em debater a terceirização na PF. Entre eles estão os deputados Fernando Francischini (PSDB/PR), João Campos (PSDB/GO), Enio Bacci (PDT/RS) e o próprio Alberto Filho. O objetivo é definir a composição do Grupo de Trabalho e avaliar um cronograma de atividades.
O deputado Delegado Protógenes (PCdoB/SP) afirmou que irá manter o requerimento pedindo a audiência pública com os citados pela reportagem da revista ISTOÉ que denuncia a terceirização na PF. “As denúncias são graves e quero que sejam investigadas”, declarou. Protógenes também requer que o SINPECPF participe dessa audiência para expor a visão administrativa sobre a questão.
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