Os servidores administrativos da Polícia Federal suspenderam as atividades por 72 horas. Eles cumprem o calendário da greve da categoria deflagrado em todo Brasil no dia 31 de maio. A paralisação deve acontecer durante todo o mês, de toda terça a quinta-feira, para pressionar o governo federal a atender as reivindicações da categoria.
A tramitação dos inquéritos, o andamento das operações, além da emissão de passaportes, de Carteiras Nacionais de Vigilantes, Autorização de Funcionamento para empresas de segurança privada, Porte e Registro de Armas, protocolo de documentos e a prorrogação de vistos também são atingidos com a greve.
Os servidores reivindicam a inclusão da reestruturação do PECPF na Medida Provisória que será editada em setembro deste ano, para a carreira policial, com efeito financeiro a partir da edição da MP. A solicitação tem como objetivo evitar o fracionamento do Termo de Compromisso, evitando tratamento diferenciado entre os servidores da Polícia Federal.
A reestruturação do PECPF prevê a criação de nomenclaturas e tabelas próprias do Plano, além de possibilitar a contratação, por meio de concurso público, de mais servidores para desempenharem as atribuições típicas do Plano Especial de Cargos. Cria tambem a Gratificação de Qualificação Profissional, uma forma de valorizar e motivar o servidor a se qualificar para o bom desempenho de suas funções. Como também evitar a evasão de servidores qualificados para outros órgãos, o que tem sido uma constante nos últimos dois anos. Totaliza-se mais de 500 servidores que se desligaram do DPF para tomarem posse em outros cargos públicos neste período. Essa medida atende às decisões do Tribunal de Contas da União e ao Termo de Ajustamento de Conduta assindado entre este e o DPF. E permite também o cumprimento da Portaria 173/2007 -DG/DPF que veda a terceirização irregular na Polícia Federal.
É importante ressaltar a importância e a força dos servidores do Plano Especial de Cargos que, em estado de greve, paralisam serviços essenciais da Polícia Federal na sede em Brasília, nas superintendências regionais, nas delegacias de polícia federal, nos portos, aeroportos e nas áreas de fronteira.
Fonte: JCCorreio
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