A correção da amplitude salarial — demanda que propõe reajustar os valores da remuneração do final de carreira do PECPF — receberá “tratamento diferenciado” quando retornar ao Ministério da Justiça. Quem garante é o secretário-executivo da pasta, Luiz Pontel de Souza, ex-diretor de gestão de pessoal da Polícia Federal e um dos homens de confiança do ministro Sérgio Moro.
Na avaliação de Pontel, apesar de todos os entraves econômicos, a demanda possui boas perspectivas por estar de acordo com o discurso de fortalecimento da segurança pública adotado pelo Governo Bolsonaro. “Embora ajuste fiscal seja a palavra de ordem, desejamos ver a Polícia Federal fortalecida”, explicou, afirmando acreditar que a demanda tem mais chances de ser aprovada agora do que a reestruturação da carreira, que deverá ser discutida no âmbito da Lei Orgânica.
Conhecedor dos problemas enfrentados pela PF, Pontel se comprometeu a explicar ao ministro Moro porque a valorização da categoria administrativa é importante para o órgão. “Temos muitos bons profissionais, mas é muito difícil reter esses talentos. Isso precisa mudar”, frisou. Outro argumento que o secretário se comprometeu a usar é o do combate ao desvio de função de policiais. “Para nós, é muito mais interessante que eles estejam trabalhando em investigações”, afirmou.
O secretário afirmou que conversará com a Direção da PF para solicitar o rápido envio da proposta para o Ministério da Justiça. “Assim que ela estiver aqui, daremos tratamento diferenciado e defenderemos a questão junto ao Ministério da Economia”, explicou.
Progressão funcional — O SinpecPF aproveitou o encontro para alertar o secretário sobre o envio iminente de proposta que equaliza os critérios de progressão funcional na carreira administrativa. Atualmente, por conta de normas injustas e ultrapassadas, parte da categoria progride em 12 meses, enquanto outra parte, em 18 meses. “Sabemos que uma proposta está quase concluída e deverá ser enviada em breve. Embora não resolva nossos problemas, corrige uma injustiça”, frisou o presidente João Luis Rodrigues Nunes.
ATÉ GOSTARIA MUITO DE ACREDITAR NAS PALAVRAS DELE. PORÉM, AINDA ONTEM FOI PUBLICADO NO BS A EXONERAÇÃO DO CARGO DE SELOG, OCUPADO POR UM COLEGA AADM, PARA APÓS ENTÃO, NOMEAR UM EPF PARA A FUNÇÃO. ONDE HÁ, NESSE CASO, A PREOCUPAÇÃO DE SE POR UM FIM AOS DESVIOS DE FUNÇÃO? É UM TANTO CONTROVERSO, NÃO?
Realmente! Nós vimos o tratamento diferenciado!! A carreira policial recebeu um reajuste da ordem de 42%, o que quase dobrou os vencimentos deles. De fato, “corrigiram” mesmo a amplitude salarial. Promoveram um “abismo” salarial entre as carreiras da Policia Federal e os cargos do PEC. Maravilha! Foi um tratamento muito “justo” e muitíssimo diferenciado!!! Hoje, os servidores do PEC já estão com os polegares finos de tanto chupar, enquanto os servidores da Polícia Federal estão com dores nas mandíbulas de tanto sorrirem!!! E QUE DIFERENÇA!!!!!!
Além da correção da amplitude, torna-se urgente a revisão dos salários das carreiras ADM a fim de que sejam também reajustadas – mas que haja um reajuste digno. Ta na hora do SINPEC começar a pensar nisso e colocar as cartas na mesa nessa direção.