Dizem que a vida é feita de escolhas, e o ano de 2018 é bom exemplo disso. Neste mês de outubro, vamos definir quem será o próximo presidente do país. No mês que vem, escolheremos a nova diretoria do sindicato, algo fundamental para definir o caminho da nossa categoria. Aproveito a deixa para informar aos colegas que votaram em mim nas últimas eleições e que apoiaram minha gestão à frente do sindicato que não concorrerei à reeleição.
Durante meu período na presidência, também eu precisei fazer uma escolha. Representar a categoria exige dedicação em tempo integral e não tenho mais como dizer não aos apelos de minha família — em especial aos da minha filha caçula — para passar mais tempo com eles, como fazia na época em que atuava apenas como Técnico em Contabilidade. Por isso, retornarei ao trabalho como servidor. Para evitar qualquer mal-entendido, esclareço que não me arrependo de ter assumido o sindicato e que tenho muito orgulho do trabalho que fiz — e que continuarei fazendo até o fim de meu mandato.
Nesses três anos, posso não ter conquistado a reestruturação com que tanto sonhamos, mas vi o número de filiados crescer e fiz com que o sindicato deixasse de operar no vermelho pela primeira vez. Importante ressaltar que essa economia não impediu o nosso trabalho. Temos hoje melhores instalações e equipamentos de trabalho mais modernos. Demos periodicidade ao informativo impresso e seguimos realizando atos e assembleias. Os principais pleitos da categoria estão sendo negociados com a Direção-Geral da PF, conforme deixa clara a matéria de capa deste informativo. Nosso atendimento jurídico está mais forte e hoje dispomos de muito mais opções de convênios. Começamos uma parceria com a “Pública – Central do Servidor”, com a qual ganhamos força política. Mudamos o local de nossa sede e estamos hoje mais próximos de cada um dos filiados, seja física ou virtualmente, tendo em vista o aumento na quantidade de interações em nosso site e em nossas redes sociais.
Espero que a próxima gestão leve esse trabalho adiante e obtenha ainda mais sucesso. Duas chapas irão concorrer à eleição. Não irei declarar meu voto aqui para não influenciar o julgamento dos colegas. Em vez disso, peço a todos que, na disputa entre a CISÃO e a UNIÃO da categoria, todos optem por essa última.
Todos sabemos que o país atravessa momento de profunda divisão política e que as feridas dos embates eleitorais vão demorar a cicatrizar. Vimos muitas brigas e amizades desfeitas, inclusive dentro de nossa categoria. Entretanto, é fato que essas divisões atrapalham o avanço tanto do país quanto da nossa classe. Para que a situação mude, temos de buscar o diálogo. Imediatamente. É natural que, em uma categoria tão grande e diversa, haja opiniões conflitantes. Mas acredito que esses impasses possam ser solucionados com diálogo, sem que esgotemos nossas energias lutando entre nós mesmos.
Não há outra saída, afinal de contas, o combate que precisamos travar lá fora exige que estejamos inteiros, em nossa melhor forma. Espero que a chapa que se sagre vencedora nas eleições pense da mesma forma. Não poderia deixar de expressar meus agradecimentos a todos os membros de minha diretoria, aos representantes estaduais e aos colegas que dedicaram seu tempo e energia em prol de nossa luta. Obrigado a todos! Por fim, adianto que, mesmo fora da presidência, não abandonarei a luta!
ÚLTIMOS COMENTÁRIOS