Acordo prevê que votação no caso de Janene será manual
A votação do processo de cassação do deputado José Janene (PP-PR), acusado no escândalo do mensalão, na próxima quarta-feira, será feita manualmente, apesar de a Câmara ter aprovado ontem o projeto que obriga que votações secretas sejam feitas por meio de urnas eletrônicas. A pressão para manter a votação manual no processo contra Janene foi feita ontem, no plenário da Câmara, pelo deputado Feu Rosa (PP-ES).
O deputado ameaçou pedir verificação do quórum da sessão, caso o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), não concordasse em retirar a proposta de votação eletrônica da pauta. Embora o painel eletrônico registrasse número suficiente de parlamentares para a votação, na realidade apenas 30 estavam em plenário. A maioria registrou presença e viajou.
Para garantir a votação de outras matérias, um acordo permitiu a votação do projeto das urnas eletrônicas ontem, mas adiou para quinta-feira a promulgação. Com isso, as duas votações marcadas para a próxima quarta-feira – a escolha do novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e a cassação do mandato de Janene – serão feitas no método arcaico de com cédulas e longas filas de espera dos deputados.
Além de Pedro Henry (PP-MT), dois outros parlamentares têm a absolvição anunciada no Conselho de Ética: Celcita Pinheiro (PFL-MT), caso relatado por Ann Pontes (PMDB-PA); e Érico Ribeiro (PP-RS), relatado por Zenaldo Coutinho (PSDB-PA).
O Globo
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