O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) afirmou nesta quarta-feira que o aumento dos parlamentares deve ser feito de acordo com o reajuste da inflação, elevando o vencimento para R$ 16,5 mil. Essa proposta, do deputado Walter Pinheiro (PT-BA), foi a única até agora apresentada para que a Mesa Diretora da Câmara avalie e leve a plenário. A idéia de equiparar o salário com o teto do Judiciário de R$ 24,5 mil está praticamente descartada.
O presidente afirmou que o mais provável é que os líderes entrem em consenso em R$ 16,5 mil. Aldo admitiu ainda que o Congresso errou ao tentar elevar o salário para R$ 24,5 mil. “Não vejo problema nenhum em reconhecer o erro. O problema é quando se erra e persiste no erro”, afirmou Aldo antes da reunião de líderes que decidirá sobre a indicação de aumento.
A discussão acontece após diversas manifestações públicas e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que um ato da mesa não poderia determinar o aumento. O presidente Aldo disse que pretende levar a proposta para a votação o mais rápido possível em plenário. Uma vez aprovada na Câmara, a proposta ainda segue para deliberação do plenário do Senado.
O vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque, também posicionou-se contrário ao aumento de 90,7%. “Acho que a proposta de R$ 24,5 mil está sabidamente desgastada, não temos condições de votá-la. Isso é um exagero”, afirmou.
Redação Terra
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