Brasília – O Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Nacional de Cargos da Polícia Federal (Sinpec-PF) informou hoje (21) que os servidores administrativos da instituição iniciarão na terça-feira (25) uma paralisação total de suas atividades.
Eles reivindicam o cumprimento do Termo de Compromisso assinado pelo governo com todas as classes da Polícia Federal. Mas, de acordo com o sindicato, até agora somente a carreira de policial federal foi beneficiada.A presidente do Sinpec-PF, Francisca Hélia Leite Carvalho Cassemiro, lembrou que em abril os servidores tentaram dialogar e fizeram a primeira paralisação, de 24 horas, com o objetivo de chamar a atenção dos governantes para o problema. Em maio, uma nova paralisação foi promovida, mas de acordo com a presidente, ainda insuficiente para solucionar a questão.
Entre as reivindicações dos servidores estão: o plano especial de cargos da PF, um concurso público para 3 mil vagas, a nacionalização das atuais nomenclaturas do órgão e um reajuste salarial nas tabelas de cargos. Francisca Cassemiro explicou que essas reivindicações buscam reduzir a desigualdade de benefícios entre os servidores administrativos e policiais federais.
“A categoria está se sentindo desprestigiada. Um servidor de nível superior, em início de carreira, ganha cerca de R$ 2,3 mil . Já um perito criminal federal, por exemplo, inicia suas atividades com R$ 13 mil”, disse.
A presidente do Sinpec-PF informou ainda que devido à desigualdade de salários e a desvios de função, vários servidores já pediram exoneração do cargo. “Fica difícil a categoria compreender como não acontece uma reestruturação de cargos, que diminui custos para o governo e otimiza a gestão da PF”, lamentou.
A greve será mantida até que o governo apresente uma proposta, acrescentou Cassemiro, ao lembrar que pode causar atrasos e outros problemas na emissão de passaportes, no abastecimento e manutenção de viaturas, na tramitação de inquéritos e em outras tarefas dos servidores administrativos.
A assessoria de comunicação da Polícia Federal disse que, por enquanto, não se manifestará sobre o assunto.
Paloma Santos
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