Em assembleia realizada em todo o Brasil na manhã desta quarta (29), os servidores administrativos da Polícia Federal decidiram aceitar a nova proposta apresentada pelo governo ontem (28). Em greve desde o último dia 15, a categoria volta ao trabalho na sexta (31). Com a decisão, todo o suporte à atividade policial será retomado, assim como o serviço prestado em setores de atendimento ao cidadão, tais como emissão de passaportes, controle migratório e de entrada e transporte de produtos químicos em território nacional.
A proposta oferecida pelo governo prevê reajustes em valores fixos para a categoria, conforme escolaridade exigida para os diferentes cargos. Aos cargos de nível superior, foi oferecido reajuste de R$ 1 mil (24,8% para o início de carreira e 14,28% para o final). Aos de nível intermediário, R$ 930 (27,96% para o início de carreira e 24,24% para o final). Aos de nível auxiliar, R$ 630 (27,31%). O ajuste será parcelado em três anos, conforme acordado com outras categorias.
O governo também se comprometeu a dar continuidade às negociações pela reestruturação da carreira administrativa da PF. Os servidores desejam ver reconhecida a importância das atribuições que exercem no órgão, sendo colocados em condição de igualdade com carreiras administrativas como as das agências reguladoras ou a da ABIN, que exercem atividades semelhantes. A retomada do debate sobre esse tema será feito na segunda quinzena de setembro.
Para a presidente do SINPECPF, Leilane Ribeiro de Oliveira, a greve foi positiva porque mostrou à sociedade que a PF não é composta apenas por policiais. “A categoria administrativa é primordial para a PF, mas não tem seu valor devidamente reconhecido”, afirma Leilane. “Com nosso movimento mostramos nossa importância e que não compensa colocar policiais e funcionários terceirizados em nossos postos de trabalho”, completa.
Estado de vigília – Para garantir que a negociações sobre a reestruturação da carreira avancem a contento, a categoria entrará agora em “estado de vigília”. “Sairemos da greve, mas nossa intenção é firmar um cronograma com o governo para negociar a reestruturação. Caso o governo descumpra prazos, faremos manifestações pontuais”, explica a Leilane.
Cofira aqui o posicionamento dos estados que se manifestaram em tempo hábil:
MT – SIM
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