A Coodersam (Cooperativa de Desenvolvimento do Sul do Amazonas), que administra o garimpo ilegal de Novo Aripuanã, no sul do Amazonas, fez nesta segunda-feira um pedido para que a Polícia Federal desarme garimpeiros que estão com armas de grosso calibre.

Levantamento da Polícia Militar, que desde domingo mantém dez policiais na área de exploração, registrou de 4.000 a 6.000 garimpeiros nas áreas de exploração, que fica na margem esquerda do rio Juma.

Um garimpeiro de Apuí (455 km de Manaus) ouvido nesta segunda-feira pela reportagem, por telefone, disse que na madrugada de domingo para segunda-feira foram dados “muitos tiros”.

Os garimpeiros da Coodersam temem que os tiros sejam uma inibição para que os garimpeiros não entrem em novas frentes que foram abertas no rio Chocolate, ao norte do rio Juma.

Quando a reportagem da Folha esteve no garimpo, que fica a 70 km ao norte de Apuí, presenciou armas em vários barracões em que dormem os garimpeiros.

O secretário de Meio Ambiente do Amazonas, Virgílio Viana, disse que também ouviu tiros quando visitou o local na sexta-feira com uma comissão de representantes da Casa Civil, ministério de Minas e Energia, Exército e Polícia Federal, entre outros órgãos. A comissão estuda a viabilidade de regulamentar a reserva garimpeira.

KÁTIA BRASIL

da Agência Folha, em Manaus