O inquérito da Polícia Federal sobre o acidente com o Boeing 737-800 da Gol, que provocou a morte de 154 pessoas em 29 de setembro, deve responsabilizar vários envolvidos na tragédia. Entre eles estão os controladores de vôo, os tripulantes do Legacy e as falhas existentes nos sistemas de radar da Aeronáutica.
Para a PF, o acidente ocorreu devido a uma série de fatores que levaram à colisão entre as duas aeronaves, conforme o jornal Folha de S.Paulo. Uma das causas teria sido o fato de os pilotos do jatinho não terem seguido o plano de vôo e não terem insistido no contato com o centro de controle de Brasília, ao sobrevoar a cidade, para mudar de altitude para Manaus.
O jato Legacy, pilotado pelos americanos Joseph Lepore e Jan Paladino, deveria descer até 36 mil pés após Brasília e subir a 38 mil pés pouco antes da colisão. No entanto, ele seguiu em 37 mil pés, na mesma altitude do Boeing, com o qual colidiu logo depois.
No caso dos controladores de vôo, a falha ocorreu pelo fato de um deles não percebeu que o sistema corrigiu automaticamente o plano de vôo virtual do Legacy quando este passou por Brasília, mostrando altitudes previstas e não as que estavam efetivamente sendo voadas. O equipamento que permite comunicação precisa com radares, o transponder do jato, ficou inoperante no momento, tirando do sistema os dados sobre sua altitude.
As falhas do sistema de radar da Aeronáutica entre Mato Grosso e Manaus, chamadas “áreas cegas”, também serão apontadas como fatores causadores da tragédia. Para a PF, se não houvesse “áreas cegas” entre os radares, os controladores de vôo poderiam ter detectado com mais facilidade que o jatinho não se encontrava na altitude prevista no plano.
Redação Terra
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